Aparentemente, a situação se complicou para o grupo bolsonarista após o vazamento da reunião ministerial, ainda no Governo Jair Bolsonaro, que teria servido de elemento para a Polícia Federal deflagrar a operação contra os aliados do ex-presidente. Segundo a imprensa nacional, o momento mais grave foi quando o General Augusto Heleno falou abertamente durante a reunião que tinha pedido para o diretor da Agência Brasileira de Inteligência (ABIN) monitorar os "dois lados" - veja no vídeo acima:
“Conversei ontem o Victor (Carneiro), novo diretor da Abin. Nós vamos montar um esquema para acompanhar o que os dois lados estão fazendo. O problema todo disso é se vazar qualquer coisa aí. Muita gente se conhece nesse meio. E, se houver qualquer acusação e infiltração desses elementos da Abin em qualquer dos lados…”, declarou o general em vídeo.
Nesse momento, no entanto, Jair Bolsonaro interrompe General Heleno, que era chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) e faz o alerta sobre a palavra "vazar".
“General, eu peço que o senhor não fale, por favor. Peço que o senhor não prossiga mais na sua observação. Se a gente começar a falar ‘não vazar’, esquece. Pode vazar. Então, a gente conversa particular na nossa sala sobre esse assunto”, disse Bolsonaro após interromper Heleno.
FALAS DE BOLSONARO
Antes desse trecho, que ganhou destaques e manchetes nos principais jornais do país, outros momentos já tinham repercutido. Um deles, Bolsonaro fala em conseguir "algo assinado" apontando a falta de lisura das eleições.
O ex-presidente também ressaltou que foi um erro do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) colocar as Forças Armadas entre o grupo que acompanha as eleições. "Eu sou o chefe supremo das Forças Armadas", destacou.