EUA apreendem navio com petróleo venezuelano em águas internacionais

A Guarda Costeira dos EUA interceptou e apreendeu um navio petroleiro de bandeira panamenha que transportava petróleo venezuelano. A operação foi realizada neste sábado (20) em águas internacionais próximas à Venezuela, com apoio do Pentágono. A ação se dá após Donald Trump (Partido Republicano) anunciar medidas restritivas contra embarcações sancionadas que operam no país sul-americano. Com informações do Poder 360.

A secretária de Segurança Interna dos EUA, Kristi Noem, confirmou a apreensão. “Em uma operação realizada antes do amanhecer de hoje, 20 de dezembro, a Guarda Costeira dos EUA, com o apoio do Departamento de Guerra, apreendeu um petroleiro que havia atracado pela última vez na Venezuela. Os Estados Unidos continuarão a perseguir o movimento ilícito de petróleo sancionado que é usado para financiar o narcoterrorismo na região. Nós os encontraremos e os deteremos. Agradecemos aos nossos bravos homens e mulheres da Guarda Costeira”.

O Departamento de Segurança Interna também divulgou a informação em seu perfil no X. “Esta manhã a [Guarda Costeira dos EUA] em coordenação com o [Departamento de Guerra] executou uma operação relâmpago para apreender o navio-tanque Centuries, suspeito de transportar petróleo sujeito a sanções dos EUA. O punho de ferro das forças armadas e da polícia federal norte-americanas domina os mares”, escreveu.

Esta é a 2ª interceptação de um navio próximo à Venezuela realizada pelos EUA em dezembro. A 1ª foi no dia 10, quando os norte-americanos apreenderam um grande petroleiro chamado Skipper, que estava sob sanções por suas ligações com o Irã. A operação acontece em um contexto de crescente pressão norte-americana sobre a Venezuela, comandada por Nicolás Maduro (PSUV, esquerda). Os EUA  deslocaram soldados e um porta-aviões para o Caribe.

A Venezuela já havia criticado o bloqueio e os ataques de Trump a embarcações. Afirmou se tratar de “roubo descarado” e “pirataria internacional”. O governo Maduro também declarou que continuará defendendo sua soberania e interesses nacionais.