O ministro Flávio Dino, da Justiça e Segurança Pública, falou pela primeira vez como indicado do Governo Lula a vaga aberta no Supremo Tribunal Federal (STF). Segundo Flávio Dino, agora não há mais governo e nem oposição. Precisará conversar com todos, numa agenda "bem intensa".
A fala de Flávio Dino foi feita na saída dele do Senado Federal, onde foi nesta quarta-feira (29), para uma visita de cortesia a alguns senadores.
VOTOS PREVISTOS
Segundo a imprensa nacional, o Governo Lula já faz contas e acredita que terá pelo menos 52 votos a favor da indicação de Flávio Dino ao Supremo Tribunal Federal (STF). O mínimo necessário para uma aprovação no plenário é de 41 votos.
O governo petista trabalha com o mesmo cenário de quando Edson Fachin foi indicado, em 2015. Na época, assim como Dino, o ministro enfrentou forte resistência da oposição.
A oposição costumava identificar Fachin com um discurso ideológico de esquerda, assim como faz agora com Dino, associando-o ao comunismo. Fachin era defensor da reforma agrária e foi procurador-geral do Incra.