Ao relator da CPMI do INSS, deputado Alfredo Gaspar (União-AL), Carlos Roberto Ferreira Lopes, proprietário ou presidente da Confederação Nacional dos Agricultores Familiares e Empreendedores Familiares Rurais (Conafer), afirmou que a Conafer pediu termo de cooperação técnica com o INSS entre 2011 e 2012, que, depois de período de análise, foi deferido em 2017. Veja como foi o depoimento no vídeo abaixo:
Lopes acrescentou que, até 2025, a confederação reuniu 620 mil associados inativos inscritos em descontos, apurando “em torno de R$ 500 milhões a R$ 600 milhões” nessas operações. "Eu vou lhe corrigir: a CGU [Controladoria-Geral da União] colocou mais de R$ 800 milhões de desconto associativo", contestou Gaspar.
Gaspar também lembrou que em 2020, quando foram suspensos os descontos associativos, a Conafer deveria repassar ao INSS uma amostra de 100 fichas e aposentados e pensionistas. Segundo Lopes, apesar da rapidez como que a Conafer captou descontos, foi impossível atender ao pedido prontamente.
"O senhor, com milhões de associados que tinha na sua contabilidade, o senhor, com uma empresa dessa, próspera, ficou impossibilitado de fornecer 100 fichas. (…) Diante de milhares de fichas?", questionou.
"Eu acho que todos aqui relembram os tempos negros e de trevas da pandemia. Seria impossibilitada a comunicação, translado e ninguém queria colocar ninguém em risco", respondeu o depoente. "Foi muito mais fácil usar a demanda represada para essas instituições e aplicar ao INSS do que buscar cem específicos termos de adesão no Brasil inteiro", acrescentou.
Fonte: Agência Senado