A última grande chance de luxemburgo?

Wanderley Luxemburgo no Corinthians. Será a última chance de um grande treinador que estava fora do mercado? Nas seus últimos trabalhos falhou. No Parque São Jorge será  3ª passagem de Luxa. Nos dois períodos anteriores, o treinador ganhou títulos importantes e viveu grandes histórias.

Podem falar o que quiser, mas é um cara que conhece de futebol. Pode ser chato, boçal, falador, provocador, com conduta não condizente com um treinador top, alguns até duvidam de sua correção, e ainda tem a mancha de envolvimento em brigas mesquinhas, uma delas com o Marcelinho Carioca, o insuportável.

Enfim, digam tudo, mas só ele tem tido coragem ultimamente de "colocar o dedo na ferida" na virada medíocre que sofreu o futebol brasileiro.

Muito troçam dele. Os "modernos", acadêmicos seguidores de Parreira, que só queram trabalhar com jogadores altos, fortes, "comerciais", ignorando os baixinhos, os feios. Essa boboseira toda.

As academias, ele está coberto de razão, nunca vão dar ao jogador raiz as qualidades que ele precisa para driblar, inventar, desmontar esquemas defensivos, fazer algo diferente e decidir. Não por menos, filhinhos de papais ricos vindos das escolinhas para ricos têm uma chance bem maior, mesmo nos times grandes.

Chuteiras último tipo, caríssimas, junto com com todo o pacote, os meninos vão sendo "preparados", proibidos de driblar, de dar de trivela, de fazer embaixadas, bicicletas e meias. Precisam "SOLTAR A BOLA E VOLTAR PARA MARCAR E MARCAR E MARCAR". É proibido ser criativo.

Luxemba está certo, Um estudo científico, acho que realizado numa faculdade chinesa atestou o que ele defende.

Infelizmente, é um processo sem volta. Não temos mais campos de várzea,peladas nas ruas, nas praias, mínimas, muito mais praticadas por idosos. Lembro de um dirigente do ABC, Alberto Amorim, que da praia trouxe vários craques para o clube.

Uma pena, mas os nossos treinadores, quase todos, acham que "o melhor ataque é a defesa". Telê, Cilinho, Ivo Hoffamn, Pedro Quarenta, Tenente, Didi, Tim, nenhum desses treinadores teria emprego hoje em dia. É triste, mas é fato.

Boa sorte, Luxemburgo. Desta vez, estou com você.

PS: não quero dizer com isso que filhos de famílias remediadas e escolinhas não possam produzir craques, mas é a preparação que atrapalha. Minha humilde opinião.