A volta triunfal do Glorioso

Depois do inexplicável fracasso do ano passado, quando esteve 13 pontos à frente e, mesmo assim, acabou perdendo o título do Brasileiro, o Botafogo conquista, de volta, de forma merecida, o título de Glorioso. E tinha que ser desta forma, glória dupla, com a Libertadores numa semana e Brasileiro na seguinte. A vitória, tranquila, de 2 a 1 sobre o São Paulo coroou a festa diante de mais de 40 mil torcedores eufóricos no Nilton Santos.

É também o reconhecimento de uma equipe que fez história. O Botafogo se torna apenas o quarto time a conseguir conquistar o Brasileiro e a Libertadores no mesmo ano, repetindo o Santos de 1962 e 1963 e o Flamengo de 2019. 

Agora, o Fogão segue viagem para disputar a Copa Intercontinental, no Catar. O Glorioso enfrenta o Pachuca (MEX) na quarta-feira (11/12), às 14h (de Brasília), no Estádio 974, em Doha, valendo o título do Dérbi das Américas e uma vaga para enfrentar o Al-Ahly (EGI) na semifinal.

Foi um ano de poucos concorrentes, é bem verdade, mas em nenhum momento o Alvinegro deu mostras de queda de rendimento, quando muito fazia um jogo menos brilhante para se recuperar no seguinte, e mesmo nos tropeços improvável mostrava sua força de criação.

O time, a exemplo de outros melhores da competição, montou pilares de sustentação que o levaram à conquista. Uma defesa sólida, a partir de um goleiro em boa fase, dois jogadores de meio-campo marcadores, mas com qualidade de passe- Marlon e Gregory -, três jogadores diferenciados à frente da dupla - Luiz Henrique, Almada e Savarino - e um homem fixo na frente abrindo caminho e preocupando defensores - Igor Jesus.

Agora, esperar que esse sistema de jogo, audacioso, não se modifique nas partidas contra equipes estrangeiras, coisas que normalmente acontecem para a nossa tristeza.