Rodrigo Ferreira
A diretoria do ABC começou a agir após ter tido a confirmação do rebaixamento para a Série C do ano que vem, na semana passada. Pelo que se comenta nos bastidores, uma ampla reformulação será realizada no clube em diversos setores, não apenas no departamento de futebol.
As primeiras medidas mais enérgicas, por exemplo, foram na comissão técnica. O preparador físico William Hauptman e o fisiologista Mateus Eiki foram comunicados ontem (30) que não farão mais parte do grupo nessa reta final de temporada. Os dois chegaram ao ABC durante a Série B.
Suas contratações ocorreram em meio a insatisfação dos dirigentes com o alto número de lesões que atrapalharam o time no início da competição. À época, os preparadores físicos Vandeilton Galdino e Alisson Herculano saíram, abrindo espaço para as chegadas de Hauptman e Eiki.
Em princípio, houve um esvaziamento no Departamento Médico, mas ao longo do campeonato as lesões musculares continuaram acontecendo com bastante frequência. Até a semana passada, o ABC tinha 4 atletas afastados com esse tipo de lesão. Certamente, isso pesou para a decisão de trocar os últimos profissionais.
Mesmo faltando 4 jogos para o término do Campeonato Brasileiro, a diretoria deve intensificar nos próximos dias as rescisões contratuais de jogadores que estão com o vínculo para terminar, e também com alguns daqueles que possuem contratos mais longos, porém não interessam ao clube para 2024. Deveremos ter novidades brevemente neste sentido.
SITUAÇÃO DE ARGEL SEGUE INDEFINIDA
O técnico Argel Fuchs, que a exemplo de vários atletas também só tem contrato até o término da Série B, segue com a sua continuidade indefinida pra 2024. Apesar de já ter falado publicamente que quer ficar, ele vem enfrentando resistências internas na cúpula abecedista.
Há quem não acredite, ou não sinta segurança, no trabalho do gaúcho de 49 anos, que assumiu o clube faltando 12 rodadas para o encerramento da campanha no Brasileiro. A dúvida é se valeria a pena o investimento mais alto pela sua permanência, em detrimento de outro nome mais barato e com maior experiência recente na Série C.
Pesa contra Argel o fato de não ter conseguido transformar em vitórias algumas boas atuações que o ABC teve sob seu comando. Mesmo tendo conseguido mudar a postura do time em determinadas partidas, os resultados continuaram não acontecendo. Em 8 jogos, são 5 derrotas, 2 empates e apenas 1 triunfo.
Deixe o seu comentário
O seu endereço de email não será publicado