Acusado de assassinato de Marielle diz em entrevista que recebeu ajuda do presidente Bolsonaro em 2009

04 de Março 2022 - 18h45

O policial reformado Ronnie Lessa, acusado de executar a vereadora Marielle Franco e seu motorista Anderson Gomes, em 2018, disse que já recebeu ajuda do presidente Jair Bolsonaro. O auxílio teria ocorrido em 2009, quando o atual Chefe do Poder Executivo ainda era deputado federal. A fala foi divulgada nesta sexta-feira em entrevista divulgada pela revista Veja. As informações são do O Dia.

De acordo com a reportagem, o suposto atirador que disparou contra o carro de Marielle no Estácio, Região Central, afirmou ter recebido ajuda na época em que perdeu sua perna. Lessa explica que o então deputado federal intercedeu ao seu favor junto a Associação Brasileira Beneficente de Reabilitação (ABBR), no Rio. À época, Bolsonaro era patrono da instituição.

O suporte prestado pela associação à Lessa teria lhe garantido uma prótese, mas ele conta que a usou por pouco tempo. O ex-policial militar revela que adquiriu uma perna mecânica melhor usando o valor que recebeu de seguro. Preso na Penitenciária Federal de Segurança Máxima de Campo Grande, em Mato Grosso do Sul, Lessa negou ter proximidade com Bolsonaro, apesar da ajuda.

Segundo o acusado pelo duplo homicídio, foram poucas vezes que viu o presidente, mesmo também morando no Vivendas da Barra, condomínio de alto padrão na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio, onde a família Bolsonaro tem casa.

Preso desde março de 2019, Lessa segue se dizendo inocente e vítima de coincidências que o levaram à prisão. Ele atribui ao ex-capitão do Bope e suposto chefe do Escritório do Crime, Adriano da Nóbrega, a responsabilidade pelo assassinato da vereadora carioca.

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