Começa a valer nesta terça-feira (10) o reajuste de 8,8% no preço do diesel vendido pela Petrobras para as distribuidoras. Com a alta, anunciada na véspera, o combustível passa a custar R$ 4,91, e não mais R$ 4,51, por litro.
Ao anunciar o reajuste, a Petrobras afirmou que, considerando a mistura obrigatória de 90% de diesel A e 10% de biodiesel no diesel que é comercializado, a parcela da estatal no preço ao consumidor passará de R$ 4,06 para R$ 4,42 por litro, em média, uma variação seria de R$ 0,36.
O aumento no preço foi o primeiro em 60 dias, e a estatal decidiu manter, por hora, os valores cobrados para a gasolina e para o gás liquefeito de petróleo (GLP).
Ao justificar o reajuste, a companhia disse que a última alta no preço do diesel, em 11 de março, refletiu apenas uma parte da elevação observada nos preços de mercado, e que foi necessário realizar um novo ajuste para evitar um desabastecimento do combustível.
Segundo a Petrobras, o balanço global do diesel continua impactado, com uma redução de oferta em relação à demanda e os estoques globais abaixo das mínimas sazonais dos últimos cinco anos nas principais regiões fornecedoras.
“Esse desequilíbrio resultou na elevação dos preços de diesel no mundo inteiro, com a valorização deste combustível muito acima da valorização do petróleo. A diferença entre o preço do diesel e o preço do petróleo nunca esteve tão alta”, afirma.
A companhia ressaltou que as refinais da empresa já estão operando próximas ao nível máximo, e que não há mais como aumentar a capacidade interna de refino do petróleo para produção de diesel para atender a demanda no país. Atualmente, cerca de 30% do total de diesel consumido vem de outras refinadoras e importadoras.
“Isso significa que o equilíbrio de preços com o mercado é condição necessária para o adequado suprimento de toda a demanda, de forma natural, por muitos fornecedores que asseguram o abastecimento adequado”.
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