América cede empate nos acréscimos na sua pior apresentação na Série D

11 de Junho 2022 - 18h30

Por Edmo Sinedino

O América tropeça mais uma vez diante do São Paulo Crystal, desta vez jogando no Almeidão, em João Pessoa, 1 a 1, numa partida em que o clube natalense esteve com um homem a mais durante quase todo o segundo tempo - Luanderson foi expulso aos 5 minutos por ofensas ao árbitro.

O pior jogo que vi o América fazer esse ano. Estou escrevendo no calor no pós empate com sabor de derrota, mas tenho a lucidez e clareza do que estou escrevendo, pois relato o que vi. Pior que o América em campo somente os bandidos travestidos de torcedores do América e do Botafogo, que protagonizaram mais uma guerra triste num estádio de futebol.

Justifico o que falo sobre o confronto. Eu comentei na 96 FM e quem estava ligado sabe que, ainda no primeiro tempo, eu chamava a atenção para a péssima perdida atuação que o rubro fazia. A defesa confusa, insegura, e salvando-se, como sempre o Jean Pierre. O meio-campo sem articulação, tudo bem, justifica-se pelo estado ruim do gramado. O ataque, bem, poderia ter definido, teve chances, mas não o fez. Um golaço de Araújo e pronto. O São Paulo ameaçou, e teve mais posse de bola.

No segundo tempo, o horror. O time rubro nem parecia que tinha a vantagem numérica conseguida já a partir dos cinco minutos. Em todos os lances, alguém explique esse fenômeno, mais jogadores do time paraiabano apareciam. O América vivia, exclusivamente, de algumas escapadelas de contra-ataque e até quase marca o segundo já com Téssio em campo. Antes, havia entrado Ewerton no lugar de Rodrigo. Em nada melhorou. Depois o Felipinho na vaga de Allef, como? Para quê/ O meia foi um dos piores em campo. E mais Téssio e Felipe, para Elvinho e Wallace Pernambucano. O baque final. O desarrugar geral.

A intenção, me pareceu, foi ficar com duas linhas, uma de quatro, com outra de cinco na frente, apenas com William Marcílio na frente. Nada disso funcionou. Téssio até tentou, fez bons passes e procurou chutar no gol, quase marca um golaço, pena, pois merecia. Sempre que o meia entra em vejo em campo o retrato fiel de um jogador da posição e de ótima ligação. Caprichosamente a bola não entrou e depois o bom jogador foi desparecendo por conta da má atuação geral.

A recomposição do time de Brigatti apresentava muitos claros e todo mundo falhando, errando repetidamente, apesar das trocas na tentativa de correção. O São Paulo pressionava, perigava, as faltas sem necessidade se acumulavam, a bola passava beijando o poste, batendo em um e outro. A defesas confusa, batendo cabeça, mas levando sorte, muita sorte, até que, no final da partida, nos acréscimos, um pênalti em jogada que poderia ter sido parada no nascedouro. Isaías derrubado, ele mesmo bate e faz. 1 a 1.

Não sei se o América tem forças para se recuperar desse baque. Força e peças, pois sei que, a partir desse momento a torcida não mais acredita em acesso, talvez nem mesmo na classificação à fase seguinte. A sorte do representante potiguar é que os adversários que brigam por vagas também não se ajudam. O empate com sabor de derrota, na verdade, merecia ser derrota, pelo que apresentaram os natalenses.

Com o resultado, o time rubro, que com a vitória ficaria tranquilo na segunda colocação, se manteve na quarta, com possibilidade de sair do G4 no complemento da rodada, mas para isso, o Icasa terá que vencer o líder Retrô. O duelo será em Juazeiro, no estádio Romeirão. Afogados e Souza, que estão à frente do América, se enfrentam neste domingo.

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