A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou nesta segunda-feira (21) a venda do Paxlovid em farmácias do país.
O remédio consiste em dois medicamentos antivirais em conjunto: o nirmatrelvir e o ritonavir, que quando combinados bloqueiam uma enzima que o vírus da Covid-19 precisa para se replicar no corpo.
De acordo com a agência, o medicamento poderá ser fornecido tanto para farmácias como para hospitais particulares do país.
Nas farmácias, é necessário uma prescrição médica (receita). O Paxlovid, porém, estará com bula e rotulagem em português de Portugal e em espanhol.
O g1 entrou em contato com a assessoria de imprensa da Pfizer no Brasil para saber o preço estipulado do medicamento no mercado, mas ainda não obteve resposta.
Ainda segundo a orientação da Anvisa, o remédio deverá ser utilizado somente por adultos e é indicado para o tratamento da Covid naquelas pessoas que não requerem oxigênio suplementar e que apresentam risco aumentado de progressão para Covid grave.
Além disso, para que o tratamento seja efetivo, os dois comprimidos devem ser tomados juntos por via oral, duas vezes ao dia, durante 5 dias.
A Anvisa afirma que aprovação da droga levou em consideração a venda do produto no mercado privado em outros países, com a aprovação de autoridades internacionais de referência, como Estados Unidos e Canadá.
A medida também considerou o cenário epidemiológico atual, com a circulação das novas subvariantes da Ômicron e o aumento de casos da doença no país.
A diretora relatora da Anvisa, Meiruze Freitas, destacou também que a vacinação continua sendo a melhor estratégia para evitar a infecção pela doença assim como hospitalizações e mortes, mas lembrou que a venda do medicamento no mercado privado irá aumentar a facilidade de acesso ao tratamento contra a doença.
A Pfizer, porém, deverá priorizar o abastecimento do medicamento no SUS, afirmou a Anvisa.
“O diagnóstico precoce e o tratamento ambulatorial, quando necessário, são importantes para evitar a progressão da doença para casos graves", disse.
Foto: Jennifer Lorenzini/Reuters.
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