Anvisa recebe novas ameaças e cobra investigação

19 de Dezembro 2021 - 16h23

Em comunicado publicado neste domingo (19), a Anvisa informou que seus servidores receberam nova onda de ameaças nas últimas 24 horas. Por isso, a agência expediu ofícios pedindo, pela segunda vez, proteção policial aos seus membros.

“Tais solicitações já haviam sido feitas no último mês de novembro quando a Agência recebeu as primeiras ameaças”, informou o comunicado publicado no site da agência.

A ação acontece no mesmo dia em que Bolsonaro fez críticas à Anvisa, chamando de “inacreditável” o fato de ter sido aprovada pelos técnicos a vacinação contra Covid-19 para crianças de 5 a 11 anos.

Além disso, a Anvisa cobrou do governo federal, da Procuradoria-Geral da República (PGR) e da Polícia Federal (PF) que sejam feitas novas investigações para identificar os responsáveis pelas atividades criminosas.

A agência encaminhou informações sobre as ameaças para o ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), general Augusto Heleno, o ministro da Justiça, Anderson Torres, o procurador-geral da República, Augusto Aras, o diretor-geral da PF, Paulo Maiurino e o superintendente regional da PF no Distrito Federal, Victor Cesar Carvalho dos Santos.

“Mesmo diante de eventual e futuro acolhimento dos pleitos, a Agência manifesta grande preocupação em relação à segurança do seu corpo funcional, tendo em vista o grande número de servidores da Anvisa espalhados por todo o Brasil”, escreveu a agência na nota.

“Não é possível afastar neste momento que tais servidores sejam alvo de ações covardes e criminosas”, complementou.

Para proteger os dados pessoais dos envolvidos, a Anvisa decidiu não publicar as ameaças recebidas, mas informou que as autoridades responsáveis receberam os anexos.

“A Anvisa segue em sua missão de proteger a saúde do cidadão”, finaliza o comunicado.

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