O Partido dos Trabalhadores (PT) vai disputar quatro das 15 capitais que escolherão seus prefeitos no segundo turno. Com o recomeço da campanha eleitoral, o principal nome da sigla, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), deve concentrar seu apoio em candidatos que terão embate direto com bolsonaristas.
O PL, do ex-presidente Jair Bolsonaro, disputa o segundo turno em nove capitais — duas delas, contra nomes do PT. Em locais em que não há representantes da sigla, a tendência é que Lula feche apoio a candidatos de partidos da base do governo.
Um dos nomes que já tem o apoio certo de Lula é o do atual prefeito de Belo Horizonte, Fuad Noman (PSD), que vai enfrentar Bruno Engler, do PL. Segundo o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, Lula conversou com Fuad após o resultado de domingo e reafirmou o apoio à candidatura.
O presidente já havia sinalizado o interesse em endossar a campanha do atual prefeito, mas o PT optou por lançar uma candidatura própria, a do deputado federal Rogério Correia. O petista acabou em sexto na disputa pela prefeitura, com apenas 4% dos votos.
Outro político que deve ter o apoio de Lula é Igor Normando (MDB), que concorre à prefeitura de Belém. Ele vai enfrentar o deputado federal pelo PL Delegado Éder Mauro. No primeiro turno, o chefe do Executivo abraçou a candidatura à reeleição de Edmilson Rodrigues (PSol), mas o político não teve votos suficientes e ficou marcado como o primeiro prefeito de Belém a não conseguir se reeleger.
No final de semana, Lula viaja para a capital, onde vai participar das comemorações do Círio de Nazaré. Na ocasião, ele deve se encontrar com Normando, que é primo de segundo grau do governador do Pará, Helder Barbalho (MDB). O governador apoiou a candidatura de Lula no segundo turno de 2022 e é irmão do ministro das Cidades, Jader Filho.
Fortaleza, Natal, Cuiabá e Porto Alegre, onde postulantes do PT concorrem às prefeituras, têm apoio certo do chefe do Executivo. Em São Paulo, o partido do presidente compõe a chapa de Guilherme Boulos (PSol). Nas outras oito capitais, o cenário ainda é indefinido.
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