Um ataque aéreo israelense em uma escola abrigando pessoas deslocadas no centro de Gaza matou pelo menos 28 pessoas, incluindo mulheres e crianças, nesta quinta-feira (10), enquanto três hospitais no norte foram instruídos a serem esvaziados, colocando as vidas dos pacientes em risco, dizem os médicos.
O ataque, no qual muitos mais ficaram feridos, aconteceu na cidade de Deir Al-Balah, onde um milhão de pessoas se abrigaram ao fugir de combates em outros lugares após mais de um ano de guerra.
O exército israelense disse na quinta-feira que havia realizado um “ataque preciso contra terroristas”, que tinham um centro de comando e controle embutido em uma escola.
Autoridades de saúde palestinas dizem que pelo menos 130 pessoas foram mortas até agora na operação, que Israel diz ter como objetivo impedir que o Hamas se reagrupe.
O exército disse aos moradores para saírem de uma área na qual a ONU estima que mais de 400.000 pessoas estejam presas.
Israel, que ainda não comentou sobre as ordens de saída de instalações médicas, disse que o Hamas tem instalações de comando embutidas nos hospitais, o que nega.
Hussam Abu Safiya, diretor do Hospital Kamal Adwan, disse que oito pacientes, a maioria crianças, estavam em risco dentro das unidades de tratamento intensivo caso o exército os obrigasse a sair.
O bombardeio israelense perto do Hospital Kamal Adwan já causou alguns danos à instalação, disseram os médicos. Autoridades disseram que sabem de muitos corpos deixados em estradas do lado de fora do hospital por causa do ataque israelense.
Mais de 42.000 palestinos foram mortos na ofensiva israelense, diz o Ministério da Saúde de Gaza. A maioria dos 2,3 milhões de habitantes de Gaza foi deslocada e grande parte do enclave foi devastada.
CNN
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