Barroso rejeita pedido de ex-assessor para que Moraes não atue em inquérito de vazamentos

27 de Agosto 2024 - 16h32

O presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), ministro Luís Roberto Barroso, rejeitou pedido da defesa de Eduardo Tagliaferro — ex-assessor do ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal) — para que o ministro seja impedido de atuar no inquérito aberto sobre vazamentos de mensagens. As investigações apuram a troca de mensagens entre Tagliaferro e o juiz auxiliar do gabinete de Moraes, Airton Vieira.

Segundo Barroso, não houve clara demonstração de qualquer das causas justificadoras de impedimento e não houve qualquer elemento idôneo que comprove os fatos narrados.

A defesa de Tagliaferro afirma haver parcialidade do processo, que tem Moraes como relator. A alegação é de que o ministro prosseguiu “indevidamente na relatoria deste novo inquérito que inequivocadamente apura fatos diretamente relacionados com a lisura ou não de sua própria atuação e cujo deslinde, portanto, é manifestamente de seu interesse pessoal”.

As mensagens de Moraes com assessores foram reveladas pelo jornal Folha de S. Paulo. O jornal disse ter tido acesso a diálogos que mostram como o setor de combate à desinformação do TSE, presidido por Moraes entre agosto de 2022 e junho de 2024, foi usado como um braço investigativo do gabinete do ministro no Supremo.

Depois do vazamento das conversas, Moraes afirmou que agiu dentro da normalidade em investigações relatadas por ele na corte e que não houve irregularidade nos procedimentos adotados por ele ao acionar o TSE para fazer solicitações judiciais.

R7

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