Bolsonaro afirma que reajuste a policiais em 2022 está suspenso

20 de Janeiro 2022 - 08h10

O presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta quarta-feira (19) que o reajuste prometido pelo governo às polícias federais em 2022 está suspenso, e que os servidores, atualmente com os salários congelados, podem ser comtemplados com um reajuste no Orçamento de 2023.

“Há uma grita de maneira geral, porque a intenção geral foi essa, sim, reservar um reajuste para os policiais federais, os policiais rodoviários federais e o Depen, o Departamento Penintenciário, mas isso aí está suspenso. Estamos aguardando o desenlace das ações”, disse o presidente, que falou em entrevista à rádio Joven Pan.

No Orçamento para 2022, aprovado no final do ano passado pelo Congresso, foi incluída na versão final uma reserva de recursos na ordem de R$ 2 bilhões para aumento a servidores.

A verba não é carimbada a nenhuma categoria em específico, mas  sempre foi pública a promessa pessoal de Bolsonaro de destiná-lo a reajustes para as polícias federais. O reajuste seletivo acabou levando a uma série de protestos de outras categorias de servidores por correção de seus salários também.

O presidente tem até a sexta-feira (20) para sancionar o Orçamento aprovado pelo Congresso, podendo ou não vetar trechos.

“A gente pode fazer justiça com três categorias; não vai fazer justiça com as demais, sei disso. Mas fica a aquela velha pergunta a todos: vamos salvar três categorias ou vai todo mundo sofrer no corrente ano?”, acrescentou Bolsonaro durante a entrevista.

“O que eu não quero é que a gente passe por cometer Injustiça perante o servidor publico. Reconhecemos o trabalho do servidor, reconhecemos a defasagem (…). Reconheço trabalho dos servidores, que eles merecem um reajuste. Não tenho folga no Orçamento para o corrente ano [2022]. Conversei com o pessoal sobre o Orçamento do ano que vem [2023], sei que é bastante longe, mas, por ocasião da feitura do mesmo, obviamente que os servidores serão contemplados com o reajuste merecido.”

O Orçamento anual deve sempre ser apresentado pelo presidente e a equipe econômica até agosto do ano anterior, para que seja então debatido no Congresso, onde ainda pode sofrer alterações.

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