Horas após publicar uma manifestação pública a respeito da crise institucional entre os Poderes, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) disse, em live nesta quinta-feira (9), estar aberto para a conversa.
“Não tem nada demais ali [na declaração]. Eu acho que o que eu dei a resposta ali é o seguinte: eu estou pronto para conversar.”
Bolsonaro classificou como “dura” a declaração feita pelo presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) Luiz Fux – feita após a manifestação de 7 de Setembro – e declarou querer “transparência” entre todos.
“Queriam que eu respondesse o Fux, que fez uma nota dura, me criticou. Também usou da palavra o Arthur Lira na Câmara, o Augusto Aras. E alguns poucos falaram que tem que reagir, rebater, nós temos que dar exemplo aqui em Brasília; por mais que eu ache que você está fazendo a coisa errada, dou tempo, deixo acalmar um pouquinho”, disse o presidente.
Ontem, o presidente do Supremo Tribunal Federal declarou, em alusão a Bolsonaro, que qualquer chefe de Poder que descumprir decisões judiciais estará cometendo um crime de responsabilidade.
Em resposta, Bolsonaro afirmou na declaração à nação desta tarde que não teve “nenhuma intenção de agredir quaisquer dos Poderes” e justifica que suas palavras “por vezes contundentes, decorreram do calor do momento”.
Na live, o presidente citou os presidentes da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), do Supremo Tribunal Federal, Luiz Fux, e do Tribunal Superior Eleitoral, Luís Roberto Barroso, e disse que pretende dialogar com todos.
“Por mais problemas que eu tenha com o Arthur Lira, com o Rodrigo Pacheco, com o ministro Luiz Fux… com o Barroso, do TSE. Tem que conversar com o Barroso, se bem que ele me deu um cacete hoje. Vamos conversar com o Barroso”, disse o presidente.
Em seguida, ele voltou a criticar o sistema de votação de urnas eletrônicas e disse que falta transparência. “Todo mundo quer transparência, Barroso. Acho que quem apresenta uma proposta para gente para o nosso trabalho ser melhor, tem que ser elogiado e não criticado.”
O presidente falou ainda sobre como foi feito o texto da declaração à nação. Bolsonaro afirmou que consultou o ex-presidente Michel Temer, além de ter conversado com os ministros Flávia Arruda (Secretaria-Geral), Ciro Nogueira (Casa Civil) e os generais Ramos e Braga Netto (Defesa).
“Eu telefonei para o Michel Temer, ele veio a Brasília, colaborou com algumas coisas na nota, eu concordei e publiquei”, disse.
*Com informações da CNN Brasil
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