Bolsonaro pediu que Enem trocasse Golpe de 1964 por revolução em questões, revela jornal

19 de Novembro 2021 - 16h31

O desejo do presidente Jair Bolsonaro de deixar o Enem com "a cara do governo" incluiu um pedido, feito ao ministro da Educação, Milton Ribeiro, para que houve questões que tratassem o Golpe Militar de 1964 como uma revolução. O pedido de Bolsonaro teria ocorrido no primeiro semestre, segundo relatos de integrantes do governo. A informação é do jornal Folha de SP. 

Ribeiro chegou a comentar a fala com equipes do MEC (Ministério da Educação) e do Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais), mas não levou o pedido adiante de modo prático, uma vez que os itens passam por longo processo de elaboração. Capitão reformado, Bolsonaro é defensor da ditadura militar (1964-1985), elogia torturadores e tem histórico de criticar o Enem por uma suposta abordagem de esquerda.

Após denúncias de interferência na prova por parte dos servidores, ele disse nesta semana que o exame começava a ficar com a "cara do governo" e voltou a criticar a prova. A visão de Bolsonaro contaria os fatos e a historiografia, que apontam o movimento de 1964 como um golpe militar ou civil-militar, na visão de alguns historiadores.

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