Segundo um levantamento da Sociedade Brasileira de Urologia (SBU) divulgado nesta terça (31), 1.933 homens foram diagnosticados com câncer de pênis entre janeiro e novembro de 2022. O tumor foi responsável pela amputação de 459 órgãos genitais masculinos durante o período.
Muitas vezes confundida com uma infecção sexualmente transmissível (IST), o câncer de pênis pode aparecer como uma ferida no pênis que não cicatriza, gera coceira, queimação e forte odor, mesmo com tratamento tópico.
O câncer de pênis é um tumor raro, com maior incidência em homens a partir dos 50 anos, embora possa atingir também os mais jovens. No Brasil, ele representa 2% de todos os tipos de câncer que atingem pessoas do sexo masculino. Os estados com maior registro de amputação de pênis entre 2007 e 2022 são São Paulo (1.321), Minas Gerais (1.161), Paraná (633) e Ceará (526).
A presença de feridas associadas à uma secreção branca pode ser um indicativo do câncer. Nesse caso, a recomendação é consultar um especialista. Além da tumoração no pênis, a presença de ínguas na virilha pode ser sinal de progressão da doença (metástase).
O câncer de pênis é um tumor raro, com maior incidência em homens a partir dos 50 anos, embora possa atingir também os mais jovens. No Brasil, ele representa 2% de todos os tipos de câncer que atingem pessoas do sexo masculino. Os estados com maior registro de amputação de pênis entre 2007 e 2022 são São Paulo (1.321), Minas Gerais (1.161), Paraná (633) e Ceará (526).
A presença de feridas associadas à uma secreção branca pode ser um indicativo do câncer. Nesse caso, a recomendação é consultar um especialista. Além da tumoração no pênis, a presença de ínguas na virilha pode ser sinal de progressão da doença (metástase).
Como prevenir
O câncer de pênis pode ser prevenido por ações como:
- Higiene íntima com água e sabão, puxando o prepúcio para higiene da glande. A limpeza deve ser realizada todos os dias e após as relações sexuais;
- Tomar a vacina do HPV disponível gratuitamente no SUS para a população de 9 a 14 anos;
- Realização da postectomia (retirada do prepúcio) quando a pele que encobre a cabeça do pênis não permite a higienização correta;
- Uso de preservativo para evitar contaminação por ISTs como o HPV.
“Infelizmente o Brasil ainda é um país com uma enorme deficiência em educação de qualidade, e isso cria uma grande dificuldade de acesso à informação, incluindo os hábitos de higiene”, diz o oncologista Alfredo Felix Canalini, presidente da SBU.
A higiene correta ajuda a evitar a doença, e o diagnóstico precoce é essencial para o tratamento sem a necessidade de procedimentos mais radicais, como a amputação do pênis.
Vacina contra HPV
A infecção pelo HPV pode desencadear o surgimento do câncer de pênis. Estima-se que o Brasil tenha de 9 a 10 milhões de pessoas infectadas pelo papilomavírus humano (HPV) e que, a cada ano, 700 mil casos novos da infecção surjam. Por ser na maioria das vezes assintomático, muitos pacientes não desconfiam que estão infectados e se tornam transmissores.
“A conscientização já deveria começar nos lares e nas escolas, iniciando com um exame simples para ver se o menino tem fimose, passando pelo aprendizado de uma boa higiene genital, e finalizando com a vacinação para HPV entre 9-14 anos”, analisa a oncologista Karin Jaeger Anzolch.
Para contribuir com a conscientização, a SBU realiza uma campanha de prevenção e combate ao câncer de pênis durante todo o mês de fevereiro. As informações são do Metrópoles.
Foto: Pitiphothivichit, Istock.
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