Brasileiro da Yakuza é preso em SP após ser condenado por sequestro e morte de empresário no Japão; vítima foi agredida, baleada e concretada
Um brasileiro que já foi acusado de ligação com a Yakuza, máfia japonesa, foi preso neste domingo (10) pela Polícia Militar (PM) de São Paulo após ter sido condenado pela Justiça brasileira pelo sequestro e morte de um empresário no Japão em 2001. A máfia japonesa atua, por exemplo, junto a jogos de azar, tráfico de drogas, prostituição, agiotagem e extorsão.
Em 2022, Alexandre Hideaki Miura recebeu a pena de 30 anos de prisão em regime fechado por participar do crime de extorsão mediante sequestro com morte com mais três brasileiros e cinco japoneses que pertenciam à Yakuza. Eles são acusados de se disfarçar de trabalhadores da construção civil para sequestrar, agredir, balear e concretar Harumi Inagaki em Nagoya, no Japão.
A vítima levou golpes com tacos de beisebol, golfe, chave de rodas, pé de cabra e tomou dois tiros. A esposa dele, Takako Katada, foi baleada no pescoço pela quadrilha, mas sobreviveu.
Os criminosos colocaram o corpo de Harumi num barril repleto de cimento, que depois foi jogado num rio da cidade. O cadáver só foi descoberto pelas autoridades japonesas depois que parte dos investigados confessou o crime.
Harumi era dono de casas noturnas e, segundo a investigação, também estava envolvido com a Yakuza. Ele foi morto por vingança movida por desavenças com a organização criminosa. O bando decidiu ainda extorquir dinheiro dele e da família.
A máfia japonesa contratou os brasileiros para ajudar no plano. Dois deles foram identificados pela polícia do Japão: Alexandre e Marcelo Yokoyama. Após o crime, eles extorquiram dinheiro da família da vítima e voltaram ao Brasil.
Como a legislação brasileira não permite que brasileiros que cometem crimes sejam extraditados, as autoridades japonesas enviaram o processo traduzido para a língua portuguesa para que a investigação contra Alexandre e Marcelo continuasse com a Polícia Federal (PF), o Ministério Público Federal (MPF) e a Justiça Federal em São Paulo.
G1
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