CGU: Investigação sobre Milton Ribeiro ganhou força após encontrar "ganhos financeiros atípicos"
A investigação em andamento pela Controladoria-Geral da União (CGU) identificou uma movimentação financeira suspeita do ex-ministro da Educação Milton Ribeiro, que foi preso pela Polícia Federal (PF) nesta quarta-feira (22), o que acendeu alertas no time do órgão.
A informação foi publicada pelo G1. O achado veio há cerca de três semanas e mudou os rumos da apuração. Uma fonte graduada com acesso aos achados da investigação diz que houve surpresa e que a equipe da CGU, desde então, trabalha para cruzar essa movimentação com outros indícios e a relação direta de Milton com os pastores.
Até então, os cruzamentos feitos pelos desembolsos do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) e os municípios beneficiados não se mostravam prósperos. Mas o achado dos ganhos financeiros atípicos teve impacto decisivo na investigação, que ainda está em curso.
APURAÇÕES DA CGU
Em nota, a CGU diz que, em 23 de março deste ano, instaurou uma Investigação Preliminar Sumária que “destinava-se a apurar a possível atuação irregular de agentes públicos e privados na intermediação de políticas públicas vinculadas ao Ministério da Educação”.
“A referida Investigação foi concluída, em 23 de maio de 2022, com a entrega de Relatório Final elaborado por servidores públicos. Como resultados da apuração feita, houve a abertura, em 14 de abril de 2022, de Processo Administrativo Disciplinar (PAD), em face de agente público, e a instauração, em 16 de maio de 2022, de Processo Administrativo de Responsabilização (PAR), em desfavor de ente privado”, acrescenta.
A CGU informa ainda que “a investigação gerou ainda a abertura de trabalhos de auditoria complementares, os quais permanecem em curso”. “No decurso da Investigação Preliminar Sumária também foi identificada a prática de atos suspeitos por pessoas que não se submetem à competência correcional da Controladoria-Geral da União. Os indícios relacionados às condutas de tais pessoas foram, conforme a legislação de regência, devidamente encaminhados à Polícia Federal e ao Ministério Público Federal.”, finaliza.
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