Cleber Machado revela motivo de demissão da Globo

29 de Março 2023 - 09h12

O narrador Cleber Machado revelou ao UOL o que a Globo alegou para demiti-lo após 35 anos na emissora de TV.

O que aconteceu

Cleber disse que a justificativa passada pela Globo foi puramente financeira. Ele estava na TV Globo desde 1988 e havia atuado na Rádio Globo entre 1980 e 1986.

"Não tem nada a ver com você, é orçamento", explicou a diretoria, segundo o narrador, que vai completar 44 anos de carreira — 41 desses no Grupo Globo. Ele comentou que o motivo foi "menos pior" para seu lado profissional.

Ele disse que a conversa durou mais de hora e que foi "normal". Cleber ainda contou que um burburinho nos bastidores sobre mudanças na empresa teve início uma semana antes de seu desligamento, que não foi programado.

O narrador garante que não ficou abatido pela saída. "Queria sair? Não, queria me aposentar lá, mas estou na boa, tocando a vida, sem crise, sem choro. A vida continua e vamos ver o que se apresenta", afirmou.

O que Cleber disse sobre a saída

Conversa com a Globo. "Perguntei: 'Vocês não me querem mais ou é questão de orçamento? 'Não tem nada a ver com você, é orçamento.' Podemos negociar? 'Não sei'... Enfim. A surpresa é que, quando se desenhou isso, era uma coisa recente, não foi programado. O burburinho de que alguma coisa iria acontecer, de movimento na empresa que o pessoal fica ressabiado, começou uma semana antes. Aí quando fui conversar me responderam que foi orçamento, que para o profissional é menos pior".

Demissão. "Optaram por terminar o vínculo de funcionário e empregador. Conversa normal, de mais de hora. Eu estou emocionalmente bem, fiquei na boa. Queria sair? Não, queria me aposentar lá, mas estou na boa, tocando a vida, sem crise, sem choro. A vida continua e vamos ver o que se apresenta".

Carreira na Globo. "Na minha cabeça, ia me aposentar na TV Globo. Estou fazendo no mês que vem 44 anos de profissão. Passei seis anos na Rádio Globo e 35 na TV. De 44 anos, fiquei 41 na Globo".

Mudanças na empresa. "Acho que é uma questão interna lá. De uma reestruturação decidida por quem comanda a empresa, passa pelos executivos e vai respingando em quem trabalha".

Próximos passos

O profissional de 60 anos disse que tem "um leque aberto" de possibilidades para seguir a carreira. Ele disse que está conversando sobre o futuro e que pode atuar tanto no meio mais tradicional quanto em plataformas modernas —ou até em ambos.

"Acho que vou conseguir trabalhar, não preciso de aposentadoria", afirmou.

Ele contou que não chegou a cogitar aposentadoria, mas falou sobre um hipotético fim de carreira. "Nunca pensei nisso, mas se tivesse que decidir: depois da final de 2026. Faço a Copa do Mundo e vou para casa, passear, viver mais 30 anos sem trabalhar", opinou.

Cleber disse que a internet pode ser um caminho, mas evitou cravar qualquer ação neste momento. "Rádio, televisão, internet, transmissão ou programa... Tudo é possível, vamos ver o que acontece", apontou.

O narrador vai criar um perfil no Instagram e atuará em conjunto com seu irmão, que planeja começar um projeto nas redes sociais. Ele não possui conta em nenhuma plataforma, embora alguns perfis se passem por ele. "Não tenho nada, os que têm por aí são fake", disparou.

Quatro décadas de carreira

Cleber narrou todas as Copas desde 1990 e participou de seis Jogos Olímpicos, além de comandar a transmissão de eventos marcantes e de também atuar na cobertura do Carnaval —que definiu como uma "experiência maravilhosa".

O narrador fez a transmissão de jogos nacionais e internacionais importantes, como as finais das Libertadores de 2011, 2012 e 2013, além da decisão da Copa do Brasil de 2015. O profissional revelou que acha que narrar basquete "é uma delícia" e reconheceu a importância da Fórmula 1 em sua carreira.

Ele afirmou que é "muito contente e satisfeito" com sua carreira e que não possui arrependimentos. "Não posso crer que minha carreira seja um lixo, um fracasso. É de razoável resultado. Não se fica tanto tempo em uma empresa desse tamanho só porque tem olho verde. Meu olho não é verde, acho que trabalhei direito. Não tenho arrependimentos", concluiu.

Com informações do UOL

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