Viralatismo puro. Minha gente, até mesmo cronistas que admiro, que considero sensatos, inteligentes embarcaram nessa onda horrorosa de que o Brasil não tem treinadores capacitados, atualizados, antenados com o futebol atual. Concordo em parte, formamos muitos arremedos de técnicos, quase todos cópias mal acabadas de Parreira, mas chegar ao ponto que chegamos...
Tite disse no SporTV que comanda o Brasil somente até a Copa do Catar. Uol Esportes ouviu seus articuladores sobre quem seria o substituto. Fique, diria, de bobeira com as opiniões dos caras.
Apenas o sem noção Milton Neves citou nominalmente um brasileiro, o Cuca, por conta do título brasileiro, e mesmo assim dizendo apostar mais fichas e torcendo pelo retranqueiro Abel Ferreira. O Abel Ferreira em matéria de prejuízo ao futebol espetáculo é mil vezes pior que o Tite.
O colunista sempre consciente André Rocha ainda falou na possibilidade de um brasileiro, caso o cara sesa destaque na temporada, mas disse que sua escolha recairia sobre Jorge Jesus. Alícia Klein se saiu com quatro estrangeiros: Plano A, Guardiola ou Klopp, plano B, Simeone ou até El Loco Bielsa. O louco será mesmo o Bielsa? Minha nossa!
Danilo Lavieri, assim como Juca Kfouri fizeram a opção muita repetida pelo espanhol do City, Pep Guardiola. Até tu Juca? Me espantei. Júlio Gomes vai direto na dupla Guardiola/Zidane, mas pondera admite um brasileiro se eles não aceitarem a tarefa.
Marcel Rizzo quer um comandante top. Menon escolheria um estrangeiro de alto nível e ainda desqualificou Tite, o que acho muito injusto, pois não sabemos o que se passa na seleção. E se ele for campeão do mundo, Menon continua com a mesma opinião? Duvido.
Perrone vê a solução no Guardiola e o intragável Renato Maurício Prado também apostaria no Guardiola ou Jesus, do Brasil, ninguém. Isso ele nem precisava dizer, pois nunca vi um jornalista com tanto ranço contra o futebol da terra dele - treinadores e jogadores. Às vezes penso que esse senhor perdeu namorada para alguém da bola.
Fico muito triste com a opinião, quase unânime, e burra, desses comentaristas, os mais respeitados do país, alguns nem tanto, respeitarem tão pouco os nossos profissionais. De repente, que coisa maluca, é como se para entender como funciona uma equipe de futebol, dentro e fora de campo, precisasse ser europeu ou ter trabalhado por lá. Loas para ele, mesmo se o cara vier com conquistas medíocres em campeonatos de terceiro ou quarto nível.
Acho que o momento dos treinadores brasileiros é muito ruim, mas ainda acredito no conhecimento de Abel Braga, Dorival Júnior, Fernando Diniz, Roger Machado, Wagner Mancini, Silvinho, Ricardo Gomes (com saúde), Paulo César Carpegiani, entre outros. Eles, recebendo de mão beijada os reforços caros pedidos, apoio, carta branca, poderiam sim realizar ótimos trabalhos.
Um nicho que aposto muitas fichas: a nova leva de prováveis treinadores, ex-atletas profissionais de grande nível que se destacaram também em comportamento, conhecimento e cuidaram de suas formações intelectuais, casos de Alex, Roque Júnior, Pedrinho, Juninho Pernambucano e até mesmo Walter Casagrande, esses poderiam sim se tornarem grandes opções para um futuro próximo.
Tenho medo que, de repente, como aconteceu na escolha do Dunga, eles façam uma aposta tresloucada em algum "astro de tevê" como Neto, Edmundo, Denilson, Roger Flores ou outros menos votados. Da CBF, espero tudo, de ruim, nada, de bom.
EDMO SINEDINO
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