No que sobrou do Morro da Oficina, um dos locais mais devastados pela chuva em Petrópolis, uma mulher com uma enxada tentava abrir caminho na lama, atrás da filha da afilhada.
“Tem que mexer, mas ninguém tá mexendo. É uma bebê de 1 ano sem respirar debaixo dessa lama. Você consegue?”
Em seis horas, choveu o previsto para todo o mês de fevereiro.
A mãe de uma adolescente de 17 anos chamava desde cedo o nome da filha em busca de uma resposta: Duda.
Segundo os moradores, uma estamparia e um bar estavam em pleno funcionamento no começo do temporal.
As buscas na região chegaram a ser interrompidas por conta do risco de um deslizamento de pedras, mas logo foram retomadas.
O corpo de um homem jovem, o quinto a ser retirado, foi levado por bombeiros, que caminhavam com dificuldade sobre a grossa camada de lama diante de moradores chocados com o que estava acontecendo na vizinhança.
Mais tarde, um sexto corpo também foi encontrado pelas equipes de resgate.
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