Documento elaborado pela Polícia Federal e enviado ao Supremo Tribunal Federal (STF) contradiz o senador Marcos Do Val (Podemos-ES) e mostra que o parlamentar, envolvido em suposto plano de golpe de Estado, entregou o celular de forma espontânea.
Do Val havia dito que o aparelho havia sido retido por ordem do ministro Alexandre de Moraes. A reportagem acionou o senador e aguarda retorno. O espaço está aberto para manifestação.
"E Marcos Do Val, espontaneamente apresentaram seus celulares para apreensão e análise a ser realizada pela Polícia Federal. Vale dizer que o senhor senador Marcos Do Val foi ouvido na qualidade de testemunha e na presença de representantes do Ministério Público", diz trecho do documento da PF, obtido pela Record TV.
O celular do senador já foi periciado pela Polícia Federal, que deve entregar no início desta semana o relatório sobre o conteúdo encontrado no aparelho. O documento será enviado ao ministro Alexandre de Moraes, do STF.
A informação de que o senador prontamente entregou o celular à PF consta no documento sigiloso da corporação em que pedia a Moraes a devolução dos aparelhos dos investigados pelos atos de vandalismo nas sedes dos Três Poderes, em Brasília, em 8 de janeiro.
Na última sexta-feira (3), o senador afirmou, porém, que seu aparelho telefônico foi retido por ordem do ministro do STF. "Meu celular foi entregue à PF e a ordem do ministro Alexandre de Moraes era para reter o celular. Eu estou na condição de testemunha, e, como senador da República, o ato dele é totalmente anticonstitucional [sic]", disse na ocasião.
Fonte: R7
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