Neste sábado (14), moradores de diversas cidades do Brasil poderão acompanhar o eclipse anular do Sol. O evento, no entanto, não deve ser observado de forma direta. Por essa razão, o Metrópoles separou dicas para quem quiser acompanhar o fenômeno com segurança.
O eclipse anular se caracteriza pelo alinhamento da Terra, da Lua e do Sol. A sobreposição resulta na formação de um “anel de fogo” em torno da silhueta da Lua, já que apenas as bordas do Sol ficam visíveis.
Mas a agência espacial norte-americana, a Nasa, alerta: nunca é seguro olhar diretamente para o Sol sem a proteção adequada em um eclipse desse tipo.
Uma das características do eclipse anular é a formação de uma penumbra ou o escurecimento quase que total do dia. No Brasil, esse fenômeno ocorrerá de maneira mais intensa nas regiões Norte e Nordeste do país. Ainda assim, não será seguro olhar diretamente para o Sol.
Risco de cegueira
O médico Vinicius Kniggendorf, especialista em retina e vítreo do Hospital Oftalmológico de Brasília (HOB), explicou ao Metrópoles que observar o fenômeno sem o devido cuidado pode levar, até mesmo, à queima da retina.
Ele detalha que a lesão de fototoxicidade, como é conhecido esse tipo de lesão causada pela luz, leva a uma queimadura na região central da visão. Isso machuca os fotorreceptores, o que pode levar ao surgimento de manchas, distorções e perda da visão central. Em casos extremos, o resultado pode ser a cegueira.
“Ao olhar diretamente para o Sol, esse risco [de causar uma queimadura] aumenta. A lesão pode ser leve ou grave e, muitas vezes, irreversível, causando baixa da acuidade visual, manchas ou tortuosidades na visão”, completa. A informação é do Metrópoles.
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