A relação de Edson Arantes do Nascimento com o futebol começou ainda na infância, bem antes de ele sonhar em se tornar um jogador. Na mesma época, o mineiro de Três Corações, no sul de Minas Gerais, ganhou às margens do campo o apelido de Pelé, pelo qual é conhecido internacionalmente.
Em entrevista ao R7, o artista plástico e diretor de Cultura e Turismo de Três Corações, Fernando Ortiz, conta que o codinome surgiu e se popularizou naturalmente, em uma das diversas vezes que o rei, ainda criança, acompanhou o pai no campo de futebol.
O pai, João Ramos do Nascimento, conhecido como Dondinho, era soldado do Exército e tinha o sonho de fazer carreira no futebol. Durante os jogos em São Lourenço, cidade vizinha, o pequeno Edson Arantes tinha dificuldades em pronunciar o nome de Bilé, amigo do pai dele e então goleiro do Vasco de São Lourenço.
"Ele era muito pequeno e não conseguia falar. Em vez de Bilé, ele dizia algo como 'Pilé'. O pessoal gostava disso e ele acabou ficando conhecido como Pelé", explica Ortiz, que também é amigo da família.
O apelido, porém, se projetou entre os moradores da cidade e, na vida adulta, pelo mundo. Dentro de casa, a história era outra. "Há alguns dias, eu liguei para a irmã do Pelé e ela se referia a ele como Dico. Até hoje a família usa esse apelido, que veio antes de Pelé", conta o artista plástico, ao lembrar que o nome de batismo do jogador era inspirado em Thomas Edison, criador da lâmpada.
R7
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