Com passagens emitidas e pagas pela Assembleia Legislativa do Rio Grande do Norte, os integrantes do Consórcio Nordeste, envolvidos na compra furada de respiradores que nunca chegaram, estão tentando esvaziar a CPI da Covid-19 no Rio Grande do Norte. Com depoimentos agendados para a próxima semana, eles tentam seguir o caminho do secretário-executivo do Consórcio, Carlos Gabas, e não irem para o depoimento ou, se for, ficarem calados.
Essa é a situação do ex-secretário da Bahia, Bruno Dauster, considerado envolvido diretamente na compra de respiradores. Ele tentou no Tribunal de Justiça do RN o direito de não prestar depoimento. Conseguiu a autorização para ficar calado e não cumprir o juramento de falar a verdade, cobrado a todas as testemunhas.
Caminho parecido está sendo usado pelo irmão dele, Jorio Dauster, que tentou de maneira política, usando emissários potiguares, reverter o agendamento do depoimento marcado para a próxima semana. Não conseguiu. “Ele já teve o depoimento adiado uma vez e não quer vir na próxima semana. Nós já o informamos que vamos tomar as medidas judiciais cabíveis para que seja feita a condução coercitiva”, afirmou o presidente da CPI, o deputado estadual Kelps Lima.
Para completar a lista, tem também o prefeito de Araraquara, Edinho Silva, que teria pedido via Supremo Tribunal Federa, através do partido dele, o PT, a autorização para também não prestar depoimento. A confirmação dessa informação, porém, não chegou de forma oficial a Assembleia.
“Não vamos parar nem adiar as investigações, ainda mais depois que tivemos acesso ao inquérito sigiloso que tramita no Superior Tribunal de Justiça”, afirmou Kelps, reafirmando a gravidade das denúncias.
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