O Colégio Estadual Cívico-Militar Marquês de Caravelas, em Arapongas, no norte do Paraná, vem sendo acusado de “promover” o nazismo durante um trabalho escolar sobre a 2ª Guerra Mundial. A Secretaria de Educação do Paraná (Seed) instaurou procedimento para “averiguação urgente” sobre o caso de possível apologia ao nazismo. O trabalho foi proposto pela professora Ana Paula Giocondo, que leciona história no colégio.
Em uma publicação no Instagram da instituição de ensino, alunos do 3° ano do ensino médio aparecem ao lado de um manequim com um bigode que remete ao de Adolf Hitler. Ao fundo, é possível ver faixas vermelhas com suásticas. Em outra imagem, um jovem está usando um boné com uma suástica estampada.
No Brasil, a apologia ao nazismo, com uso de símbolos, distribuição de emblemas ou propaganda desse regime é crime previsto em lei, com pena de reclusão.
Na legenda da postagem, entre as atividades inclusas no projeto, estava uma entrevista com Relinda Kronm Remberg, filha de um soldado nazista e moradora de Rôlandia (PR). O depoimento foi gravado e seria exibido na escola.
“Ele [pai de Relinda] foi preso pelos soviéticos em 1944 e, mesmo depois que terminou a guerra, continuou preso nos campos de trabalho forçado na URSS. Depois de muito sofrimento, veio a ser trocado por soldados soviéticos com a Alemanha (…) Uma belíssima e forte experiência para esses alunos e certamente irá tocar os corações de todos que assistirem entrevista”, diz a legenda do post.
A publicação foi curtida pelo Núcleo Regional de Educação Paraná e gerou polêmica na internet. Todas as postagens sobre o assunto foram deletadas das páginas da escola.
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