Uma escola da Organização das Nações Unidas (ONU) que servia como abrigo na Faixa de Gaza foi atacada pelo exército de Israel, nesta quarta-feira (21), deixando dois mortos. Outras 18 pessoas ficaram feridas durante o bombardeio contra a Salah al-Din School, incluindo 10 crianças, segundo autoridades locais. A informação é do Metrópoles.
Foto: Mohammed Talatene/picture alliance via Getty Images
O ataque foi confirmado pelas Forças de Defesa de Israel (IDF). Contudo, o exército israelense disse que a ação foi “precisa”, e chamou o local de um dos centros de comando do Hamas em Gaza.
“Os agentes do Hamas usaram o complexo como esconderijo e base para planejar e executar ataques contra as tropas da IDF e o estado de Israel”, disse o exército em um comunicado, sem apresentar provas.
Dias antes, um outro ataque aéreo contra uma escola na Faixa de Gaza deixou ao menos 100 mortos e dezenas de feridos.
A ofensiva israelense contra o Hamas acontece em um momento de incerteza no campo diplomático.
Nas últimas semanas, negociadores se reuniram no Oriente Médio na tentativa de costurar uma proposta de cessar-fogo para a guerra em Gaza, que está prestes a completar um ano.
Apesar do esforço de países como Estados Unidos, Egito e Catar, os dois lados envolvidos não chegaram a um consenso até o momento.
Após o bombardeio, o chefe da Agência da ONU de Assistência aos Refugiados Palestinos (Unrwa) condenou a ação, e afirmou que a Faixa de Gaza “não é mais lugar para crianças”.
“Ainda resta alguma humanidade?”, questionou Philippe Lazzarini em uma publicação no X. “Crianças foram mortas e feridas. Algumas foram queimadas até a morte. Gaza não é mais lugar para crianças. Elas são as primeiras vítimas desta guerra implacável”, disse o chefe da Unrwa.
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