Estudo preliminar aponta menos hospitalizações por Ômicron na África do Sul

22 de Dezembro 2021 - 19h13

Um novo estudo sul-africano, junto com dados sobre hospitalizações e mortes na quarta onda de infecções por Covid-19 no país, sugere que o risco de contrair a forma grave da doença é menor com a variante Ômicron do coronavírus do que com variantes anteriores, disse uma importante cientista nesta quarta-feira.

“Na África do Sul, esta é a epidemiologia: a Ômicron está se comportando de uma forma menos severa”, disse a professora Cheryl Cohen, do Instituto Nacional de Doenças Transmissíveis (NICD), uma das autoras do novo estudo.

“De forma convincente, juntos, nossos dados realmente sugerem uma história positiva de gravidade reduzida da Ômicron em comparação com outras variantes”, disse ela durante uma coletiva de imprensa por um grupo de cientistas do instituto.


Multiplicação nos tecidos das vias aéreas
Em outro estudo, divulgado na semana passada pela Universidade de Hong Kong, revelou que, em comparação com a variante Delta, a Ômicron se multiplica 70 vezes mais rapidamente nos tecidos das vias aéreas, o que pode facilitar a propagação de pessoa para pessoa, disseram eles.

Mas nos tecidos pulmonares, a Ômicron se reproduz 10 vezes mais lentamente do que a versão original do coronavírus, o que pode contribuir para doenças menos graves.

De acordo com o líder do estudo, Dr. Michael Chan Chi-wai, “é importante notar que a gravidade da doença em humanos não é determinada apenas pela replicação do vírus”, mas também pela resposta imunológica de cada pessoa à infecção, que às vezes evolui para uma inflamação que ameaça a vida

Chan acrescentou: “Ao infectar muito mais pessoas, um vírus muito infeccioso pode causar doenças mais graves e morte, mesmo que o próprio vírus possa ser menos patogênico.

Vacinas anti-Ômicon
Pesquisadores israelenses anunciaram em 11 de dezembro que a aplicação de três doses da vacina da Pfizer contra a Covid-19 oferece proteção significativa contra a nova variante Ômicron.

Os resultados foram semelhantes aos apresentados pela BioNTech no começo do mês, sendo este um sinal de que as doses de reforço podem ser a chave para a proteção contra a infecção da variante recém-identificada.

“A boa notícia é que com a dose de reforço a proteção aumenta cerca de cem vezes. É menor do que a capacidade de neutralização contra o Delta, cerca de quatro vezes menor, mas uma proteção significativa”, ​​disse Gili Regev-Yochay, diretora da Unidade de Doenças Infecciosas de Sheba, que, junto com o Laboratório Central de Virologia do Ministério da Saúde de Israel, realizou estudos sobre a relação da Pfizer com a Ômicron.

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