A Polícia Federal (PF) trabalha com a expectativa de que o hacker Walter Delgatti feche um acordo de delação premiada antes da ida dele à CPMI do 8 de Janeiro, marcada para a próxima quinta-feira (17). Ele foi preso na investigação que apura a invasão do sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Segundo o R7 apurou, a expectqativa da PF é que Delgatti feche um acordo de delação premiada no qual ele pode dar detalhes do que foi acordado com a deputada federal Carla Zambelli (PL-SP).
A convocação na CPMI foi um pedido da ala governista, que alega que Delgatti tem "envolvimento na promoção dos atos criminosos contra a democracia e as instituições públicas brasileiras”. Por se tratar de uma convocação, Delgatti é obrigado a comparecer à comissão.
No mesmo dia em que a prisão do hacker foi decretada, também foram cumpriidos mandados de busca e apreensão em endereços ligados a Zambelli, suspeita de ter contratado o hacker para fazer executar crimes.
A operação teve o objetivo de esclarecer a atuação de indivíduos na invasão aos sistemas do CNJ e na inserção de documentos e alvarás de soltura falsos no Banco Nacional de Mandados de Prisão (BNMP). A suspeita da PF é de que a deputada tenha efetuado pagamentos para que Delgatti invadisse o sistema.
Os crimes apurados ocorreram entre 4 e 6 de janeiro de 2023, quando teriam sido inseridos no sistema do CNJ e, possivelmente, de outros tribunais, 11 alvarás de soltura de indivíduos presos por motivos diversos e um falso mandado de prisão em desfavor do ministro do STF Alexandre de Moraes.
As inserções fraudulentas ocorreram após invasão criminosa aos sistemas do CNJ, segundo a PF, com a utilização de credenciais falsas obtidas de forma ilícita. Os fatos investigados configuram, em tese, os crimes de invasão de dispositivo informático e falsidade ideológica.
Deixe o seu comentário
O seu endereço de email não será publicado