Fonoaudióloga troca cartas com Maníaco do Parque e é chamada de “amor”

31 de Outubro 2024 - 17h16

A fonoaudióloga luso-brasileira Simone Lopes Bravo se aventurou em tentar compreender a mente de Francisco de Assis Pereira, o Maníaco do Parque, condenado a mais de 200 anos de prisão pelo assassinato de sete mulheres. Nos últimos dois anos, Simone estabeleceu um diálogo contínuo com o serial killer por meio de cartas, e revelou que era chamada de “meu amor” por ele.

A noticia é do portal METRÓPOLES. A troca com o criminoso resultou no lançamento de seu livro, Maníaco do Parque: A Loucura Lúcida. Na obra, ela explicou o que a motivou a tentar contato com o criminoso e como foram as conversas com ele.

“Foi tudo uma grande coincidência. Sou da área da saúde e sempre gostei do tema saúde mental. Este projeto nasceu final de 2021, quando eu nem imaginava que sairia uma biografia, filme e documentário”, falou ao Metrópoles.

Ela chegou até Francisco ao mandar uma carta para oito detentos. Desses, apenas o Maníaco do Parque respondeu. A partir disso, os dois construíram uma relação

A fonoaudióloga conta que levou cerca de um ano para a primeira visita acontecer. “Posso dizer que tivemos uma interação conínua de mútuo acordo, desde a primeira carta, em janeiro de 2022. Em maio de 2023 iniciaram minhas visitas à penitenciária. Ao longo deste tempo, ele revelou na íntegra a sua condutopatia, e o que mais se evidenciou foi a falta de três sentimentos: piedade, compaixão e altruísmo”, contou na entrevista.

Simone Lopes Bravo, então, revelou que Francisco passou a chamá-la de “amor”. “Acho que no início ele confundia um pouco as coisas. Ora me chamava de doutora, ora de meu amor, às vezes me dava nomes como ‘bonequinha’ ou chamava pelo meu nome. Às vezes, eram todos estes nomes na mesma carta”, explica, em entrevista ao Uol.

Sobre a intenção do livro, a autora diz que não pretende mudar a impressão do público sobre o serial killer. “Não o apresento como um homem renovado… ele se intitula renovado, por causa da sua conversão e batismo religioso dentro da penitenciária”, avaliou.

“Na minha opinião, esta história estava parcialmente esquecida. Atualmente, por se aproximar 2028 e sua liberdade ser eventualmente possível, esse tema ressurgiu. E é notório que o ser humano tem uma curiosidade explícita por estes tipos de crimes bárbaros. É o conjunto do contexto que atrai a curiosidade em massa”, conclui a fonoaudióloga.

 

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