Gabriel Galípolo é aprovado por unanimidade pela CAE do Senado; votação vai a plenário

08 de Outubro 2024 - 15h10

O economista Gabriel Galípolo foi aprovado por unanimidade nesta terça-feira (8), pela CAE (Comissão de Assuntos Econômicos) do Senado, para presidir o Banco Central. Indicado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Galípolo teve 26 votos favoráveis. Os senadores aprovaram ainda um requerimento de urgência para que a análise siga hoje ao plenário do Senado.

O economista agora aguarda a última etapa do processo, com a votação no plenário da Casa, onde o nome dele será submetido à análise final.

Durante a sabatina, Galípolo abordou questões como a política monetária, o combate à inflação e a independência do Banco Central, reforçando o compromisso com uma gestão orientada pelos interesses do povo brasileiro. Ele também destacou a importância de um diálogo constante entre a autarquia e outras esferas do governo para assegurar a estabilidade econômica.

A aprovação de Galípolo na CAE já era esperada, e a expectativa é de que ele seja confirmado com ampla maioria pelo plenário. Caso aprovado, ele assumirá a presidência do Banco Central em janeiro de 2025, substituindo Roberto Campos Neto, cujo mandato se encerra em 31 de dezembro deste ano.

Se aprovado pelo Senado, Gabriel Galípolo assumirá a presidência do Banco Central a partir de janeiro de 2025, substituindo Roberto Campos Neto. Esta é a primeira indicação para o cargo após a promulgação da Lei Complementar 179, de 2021, que aumentou a autonomia da instituição e fixou mandatos para seus diretores. De acordo com o artigo 52 da Constituição, a indicação de qualquer diretor do Banco Central passa por sabatina e votação secreta no Senado, tanto na CAE quanto no Plenário.

Um presidente do BC só pode ser exonerado em quatro situações: no pedido próprio, por incapacidade decorrente de enfermidade, após declarações judiciais definitivas, ou se o desempenho for considerado insuficiente para atingir os objetivos da instituição. Neste último caso, a exoneração precisa ser aprovada pela maioria absoluta do Senado.

R7

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