Governo afasta envolvidos em assédio e irregularidades em embaixada brasileira no Kuwait
O Ministério das Relações Exteriores removeu dos cargos os dois servidores envolvidos em denúncias de assédio e irregularidades na embaixada do Brasil no Kuwait. Os afastamentos do embaixador Francisco Mauro Brasil de Holanda e do Oficial de Chancelaria Paulo Sallas foram publicadas no Diário Oficial da União.
A CNN publicou, com exclusividade, as denúncias feitas ao Itamaraty. O embaixador foi acusado de má conduta e conivência com ações inapropriadas de um subordinado –o oficial de chancelaria Paulo Sallas. Ele é acusado de abuso moral, sexual e de utilizar o cargo para fazer negociações ilegais.
A portaria do Itamaraty em que consta a remoção do embaixador do cargo possui data do dia 2 de março, um dia após a publicação da denúncia pela CNN, e é assinada pela secretária-geral do ministério das Relações Exteriores, Maria Laura da Rocha, que estava no comando da pasta na data.
No dia seguinte, Paulo Sallas, acusado de cometer os assédios e irregularidades foi removido do cargo, também em portaria publicada no Diário Oficial da União. Esta, assinada pela secretária de Gestão Administrativa, Fátima Keiko Ishitani.
As principais denúncias foram feitas por e-mail pela brasileira Erika Lobianco à Corregedoria do Itamaraty em 14 de setembro de 2022.
Muçulmana, ela é casada com o engenheiro kuwaitiano Arshed Al-Moosa e reside no país desde 2010. Ela trabalha como assistente administrativa na embaixada desde 2014.
Com gravidez de risco, ela atualmente está em licença médica. Nas denúncias, Erika acusa o oficial de chancelaria Paulo Sallas de assédio moral, sexual e conduta abusiva.
O marido de Erika também denunciou Sallas por meio de um e-mail em inglês encaminhado diretamente ao embaixador do Brasil no Kuwait, Francisco Mauro Brasil de Holanda, no dia 24 de novembro de 2022.
CNN Brasil
Deixe o seu comentário
O seu endereço de email não será publicado