Há 14 anos, juiz federal interditou presídio por "falta de segurança máxima"

14 de Fevereiro 2024 - 15h16

Quando se fala na história do presídio federal de Mossoró, é impossível não lembrar que, em 2010, o local chegou a ser interditado pelo juiz federal Mario Jambo por problema, justamente, que o impediam de ser considerado "de segurança máxima". 

Em reportagem publicada pelo jornal Folha de SP, foi destacado que o presídio estava impedido de receber novos detentos há três meses por causa de problemas estruturais. Segundo ele, havia rachaduras por todo o prédio.

De acordo com Jambo, laudos da Polícia Federal mencionam a possibilidade de "falha estrutural" no presídio, que foi inaugurado em julho de 2009. Além das rachaduras, o presídio do Rio Grande do Norte não tem um abastecimento de água adequado.

Construído em um local árido e isolado do Estado, o prédio é abastecido por um presídio estadual, que transfere, via encanamento, água para a penitenciária.

Para Jambo, a situação em Mossoró é particularmente grave porque as penitenciárias federais são, em teoria, de alta qualidade e têm um poder "simbólico e preventivo" sobre o preso.

"A gente não pode deixar cair [a qualidade], senão, essa força do presídio federal será perdida", afirmou, na época.

O procurador Fernando Rocha Andrade, também na época da reportagem, afirmou que o presídio de Mossoró era o único federal nessas condições. "A verdade é a seguinte: esse presídio foi inaugurado de forma afobada."

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