Halloween chegando: Veja os 10 melhores filmes de terror

29 de Outubro 2022 - 10h02

Por Júnior Lins

O Halloween está chegando. Na segunda-feira (31), é celebrada a data Internacional que faz alusão ao dia do "terror". Apesar de não ser muito tradicional no Brasil, o clima tenta ser vivido em alguns lugares e ainda é celebrado.

Para entrar ainda mais no pique do Halloween, resolvi separar meu "top 10" filmes assustadores. Já adianto que sou um admirador do terror, em especial do cinema antigo.

10 - Invocação do Mal


 

Os investigadores paranormais Ed e Lorraine Warren trabalham para ajudar a família aterrorizada por uma entidade demoníaca em sua fazenda. A história se passa em 1981, e, como os outros filmes do braço principal da saga, é inspirado em uma história real: o caso do assassinato de Alan Bono por Arne Cheyenne Johnson ficou conhecido por "Devil Made Me Do It" (algo como "o demônio me fez fazer isso"), que é o subtítulo do filme em inglês. O ato de ser "fato real" me pega e faz com que eu considere um dos mais assustadores que eu já vi.

9 - O Ritual

Um seminarista é enviado ao Vaticano para estudar exorcismo, apesar de sua relutância e ceticismo em relação ao tema. Porém, ao tentar solucionar um caso aterrorizante, ele começa a questionar tudo o que já acreditou. Fui colocado para assistir esse filme na Crisma. Soube que era reconhecido pelo Vaticano como um filme real. Até hoje, me assombra.

8 - O Sexto Sentido

O Sexto Sentido pode ser relembrado por inúmeros elementos, mas o que o introduz à lista de filmes essenciais de terror é imediato: a revolução da expectativa do público e o conceito de um twist final.

Claro que reviravoltas já existiam no cinema, mas o caso de O Sexto Sentido marcou uma evolução no terror. Antes da internet e do conceito de spoilers, a produção de Shyamalan fez do público seu parceiro, e criou um fenômeno de boca a boca que levou fãs ao cinema para entender o burburinho ao redor do segredo do filme.

Enquanto isto é o que torna O Sexto Sentidotão marcante, não é apenas nisso que o filme se sustenta. Funcionando primeiramente como um drama familiar, o suspense psicológico apresentou pela primeira vez o traço único de Shyamalan, criando um clima de assombração através do passo lento de sua câmera e de seus diálogos. O Sexto Sentido não poupa imagens marcantes ou sustos, mas seu maior elemento aterrorizante está no prolongamento das cenas. Tudo isso ainda se completa por Bruce Willis em um papel distante do seu familiar “cara durão”, Toni Collette incrível como sempre e o pequeno Haley Joel Osment, que marcou a história do cinema com a icônica frase “eu vejo gente morta”.

7 - Psicose

A trama acompanha Marion Crane (Janet Leigh), uma secretária que aplica um golpe em seu patrão e foge com dinheiro. Em sua fuga criminosa durante uma noite chuvosa, ela é forçada a parar em um motel de estrada, comandado por Norman Bates (Anthony Perkins). Daí em diante, as coisas só ficam mais sombrias e violentas, algo que o público dos anos 60 não estavam preparando para encontrar tão graficamente no cinema. Psicose literalmente criou um novo padrão para horror visceral, ao ponto que sua icônica cena de assassinato - com sangue feito com xarope de chocolate - é parte integral da cultura pop.

Mesmo sendo tão reconhecível, Psicose é atemporal e continua uma experiência intensa até para sensibilidades modernas. Não importa saber o que está para acontecer, a forma como Hitchcock trabalha a tensão e prende o interesse do espectador é algo que poucos conseguiram fazer nos anos seguintes.

6 - O Iluminado

O Iluminado é tão assustador pela sua energia sinistra. Do começo ao fim, o filme se distancia do terror tradicional por atingir um nível de estranheza singular, mesmo em cenas que poderiam ser absolutamente corriqueiras, com espaços abertos e bastante iluminação. É o comportamento de seus personagens, que sempre beiram a insanidade, junto com um acompanhamento musical de primeira, que fazem O Iluminado constantemente sinistro.

O filme tem uma série de imagens assustadoras que ficam na memória – o dilúvio de sangue, as gêmeas, a velha pelada no espelho, o indivíduo com a máscara de animal – e frases que se tornaram clássicas no terror, mas todos estes elementos apenas intensificam a jornada de terror testemunhada por Danny (Danny Lloyd), Jack e Wendy (Shelley Duvall). Além de tudo isso, o fator mais inquietante de O Iluminado é a eterna dúvida do que é assombração e o que é loucura. Com isso, Kubrick puxa o público para dentro da história, para duvidar de si mesmo e ficar marcado para sempre pela estranheza do que testemunhou.

5 - Sexta-feira 13

Mostrando a curta estadia de um grupo de adolescentes no Acampamento Crystal Lake, local que havia sido abandonado por anos após um garoto ter morrido afogado, o filme traz as convenções clássicas de um slasher do começo dos anos 80, mas ganha destaque por uma reviravolta marcante do cinema. Com uma câmera bem trabalhada que coloca o público no ponto de vista do assassino, e revelações limitadas à vestimenta do criminoso, Sexta-Feira 13 traz um twist de gênero memorável ao desvendar finalmente quem realmente estava aterrorizando os jovens. Apesar de não ser tão bem recebido pela crítica – aliás, a franquia inteira de Sexta-Feira 13 não agradou muito os especialistas – o twist final foi elogiado, e se tornou uma das mais famosas surpresas do gênero.

Vale ressaltar, no entanto, que a figura de Jason, por sua representação dentro do terror, não pode ficar de fora da lista. Apesar da posição pertencer ao primeiro filme, esse item é uma tentativa de representar a relevância da franquia. Assim como Freddy Krueger ou Michael Myers, Jason Vorhees é um assassino essencial do terror.

4 - Hora do Pesadelo

A Hora do Pesadelo conta a história de um grupo de adolescentes atormentado por Freddy Krueger, um sujeito que invade sonhos e consegue ultrapassar barreiras e cometer atos violentos durante o sono. Focado na adolescente Nancy Thompson (Heather Langenkamp), que tenta descobrir uma maneira de capturar o assassino, A Hora do Pesadelo também explora temas da vida adolescente, mais proeminentemente sexualidade. O curioso e cativante da obra de Craven é que ele é um slasher clássico, mas com um elemento simples que faz toda a diferença: os atos são cometidos em uma outra dimensão.

3 - A Bruxa

A Bruxa chama atenção por uma atenção impressionante aos detalhes, desde os costumes religiosos da época até um vocabulário arcaico, que entrega um realismo imediato. A captura de uma assombração tão primordial como a bruxa e o retrato cru do colapso espiritual de uma família são, neste contexto, perfeitamente eficazes. O estudo de ambientação feito por Eggers e sua equipe levaram o comprometimento das produções a um outro patamar.

A construção de suspense com poucos sustos também é memorável. Focando na crescente tensão entre os membros da família, o filme transmite a sensação de sufoco através do retrato do impacto do fundamentalismo religioso, e cria um desconforto marcante mostrando o difícil amadurecimento de uma jovem mulher neste ambiente. Com um elenco absolutamente impecável (a família é completa por performances inesquecíveis de Ralph Ineson como o pai e Kate Dickir como a mãe), A Bruxa é um dos maiores exemplos de um novo clássico do terror.

2 - O Exorcista

O filme de 1973, dirigido por William Friedkin e adaptado por William Peter Blatty a partir do seu livro homônimo, não existiria sem alguns filmes predecessores (alguns dos quais também serão citados na lista de outubro), mas ele marcou a história do cinema como o primeiro terror a ser indicado a melhor filme no Oscar, estabelecendo novas possibilidades para o gênero.

Surpreendendo o estúdio, que lançou O Exorcista em 24 salas de cinema inicialmente, o filme arrecadou uma impressionante bilheteria, que ajustada para inflação, é a maior na história de filmes de classificação para maiores, chegando próximo de US$1 bilhão. Tão marcante quanto sua arrecadação foi o rebuliço de público, com relatos de vômitos e desmaios nas exibições, e reações ainda mais absurdas (e nunca comprovadas) que incluem infartos e abortos. Isso não impediu que o filme fosse indicado a 10 categorias no Oscar, vencendo Melhor Roteiro e Mixagem de Som.

Seja pelo vômito de sopa de ervilha, a menina se arrastando de cabeça para baixo, a masturbação com crucifixo ou o famoso giro de pescoço, O Exorcista marcou o cinema com cenas icônicas, mas o seu ritmo e clima sinistro também são inesquecíveis.

1 - O Exorcismo de Emily Rose

A jovem estudante Emily Rose começa a alucinar e ter surtos cada vez mais frequentes, que causam perda de memória. Católica praticante, ela aceita ser submetida a uma sessão de exorcismo. Quem a realiza é o sacerdote de sua paróquia, o padre Richard Moore. Porém, Emily morre durante o exorcismo, o que faz com que o padre seja acusado de assassinato. A advogada Erin Bruner aceita pegar a defesa do padre e argumenta que a condição de Emily não pode ser explicada somente pela ciência.

Confesso que fiquei ainda mais assustado com a história de Emily após ouvir, quando mais novo, os seus áudios originais dos exorcismos. É aterrorizante. São enormes e eu acabei ouvindo-os por inteiro. É uma comprovação do sobrenatural.

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