Relatório divulgado nesta quarta-feira (24/7) aponta melhora nos indicadores da fome no Brasil, em 2023. Segundo o documento, 39,7 milhões de pessoas sofreram com insegurança alimentar moderada no período entre 2021 e 2023, o que significa que tiveram alguma dificuldade de acesso a alimentos. Entre 2020 e 2022, esse número era de 70,3 milhões.
Os brasileiros vítimas da insegurança alimentar grave, ou seja, que passaram fome, somaram 14,3 milhões. No relatório de 2022, o índice era de 21,1 milhões.
Os dados constam no relatório O Estado da Segurança Alimentar e da Nutrição no Mundo (Sofi, na sigla em inglês), que baseia o Mapa da Fome. Os números são referentes ao triênio 2021 a 2023. O documento foi divulgado às margens da reunião ministerial para estabelecer uma Aliança Global contra a Fome e a Pobreza, no Rio de Janeiro.
Apesar da recente melhora, o resultado não é suficiente para tirar o Brasil do Mapa da Fome. Para atingir a meta, é preciso que o país registre percentual de falta crônica de alimentos inferior a 2,5% da população durante três anos consecutivos.
Em 2023, o índice ficou em 3,9%. O país terá de ficar abaixo dos 2,5% a partir do ano que vem para conseguir sair do Mapa da Fome em 2026, ano de término do mandato do petista.
O Brasil deixou de figurar entre os países com piores índices de fome no mundo em 2014, mas voltou em 2022.
No ano passado, o governo federal lançou o Plano Brasil Sem Fome, que tem entre as metas tirar o país do Mapa da Fome até 2030. Para atingir o objetivo, o governo implementou mudanças na política de valorização do salário mínimo e investiu na ampliação do Bolsa Família.
O relatório aponta ainda que cerca de 733 milhões de pessoas passaram fome em 2023. A situação é pior na África, que registrou aumento de 20,4% no percentual da população que passa fome.
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