Irã precisa pagar preço alto por ataque, diz Israel no Conselho de Segurança da ONU

02 de Outubro 2024 - 14h41

O Irã precisa pagar um preço alto pelo ataque com mísseis contra Israel, segundo advertiu Danny Danon, embaixador israelense, durante reunião do Conselho de Segurança da ONU nesta quarta-feira (2).

A notícia é da CNN. Danon chamou a ofensiva de “ataque a sangue frio” contra civis e um “ato de agressão sem precedentes”.

“Essa foi uma tentativa deliberada de atingir o coração da nossa sociedade, tendo como alvo os locais mais sagrados de Israel”, comentou, abordando em seguida um ataque a tiros em Tel Aviv que deixou ao menos seis mortos.

“Estamos sob ataque. Essa não foi apenas uma escalada, mas um ataque direto contra nossa existência”, afirmou.

Após criticar o “silêncio” do mundo, o embaixador israelense alertou que o Irã deve pagar um preço alto pelo ataque.

 

Entenda a escalada nos conflitos do Oriente Médio

O ataque com mísseis do Irã a Israel no dia 1º marcou uma nova etapa do conflito regional no Oriente Médio. De um lado da guerra está Israel, com apoio dos Estados Unidos. Do outro, o Eixo da Resistência, que recebe apoio financeiro e militar do Irã e que conta com uma série de grupos paramilitares.

São sete frentes de conflito abertas atualmente: a República Islâmica do Irã; o Hamas, na Faixa de Gaza; o Hezbollah, no Líbano; o governo Sírio e as milícias que atuam no país; os Houthis, no Iêmen; grupos xiitas no Iraque; e diferentes organizações militantes na Cisjordânia.

Israel tem soldados em três dessas frentes: Líbano, Cisjordânia e Faixa de Gaza. Nas outras quatro, realiza bombardeios aéreos.

O Exército israelense iniciou uma “operação terrestre limitada” no Líbano no dia 30 de setembro, dias depois de Israel matar o líder do Hezbollah, Hassan Nasrallah, em um bombardeio ao quartel-general do grupo, no subúrbio de Beirute.

As Forças de Defesa de Israel afirmam que mataram praticamente toda a cadeia de comando do Hezbollah em bombardeios semelhantes realizados nas últimas semanas.

No dia 23 de setembro, o Líbano teve o dia mais mortal desde a guerra de 2006, com mais de 500 vítimas fatais.

Ao menos dois adolescentes brasileiros morreram nos ataques. O Itamaraty condenou a situação e pediu o fim das hostilidades.

Com o aumento das hostilidades, o governo brasileiro anunciou uma operação para repatriar brasileiros no Líbano.

Na Cisjordânia, os militares israelenses tentam desarticular grupos contrários à ocupação de Israel ao território palestino.

Já na Faixa de Gaza, Israel busca erradicar o Hamas, responsável pelo ataque de 7 de outubro que deixou mais de 1.200 mortos, segundo informações do governo israelense. A operação israelense matou mais de 40 mil palestinos, segundo o Ministério da Saúde do enclave, controlado pelo Hamas.

O líder do Hamas, Yahya Sinwar, segue escondido em túneis na Faixa de Gaza, onde também estariam em cativeiro dezenas de israelenses sequestrados pelo Hamas.

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