Deputado João Maia teria passado cheque sem fundo para tentar impedir leilão de imóvel
O deputado federal João Maia (PL-RN) teve seu nome envolvido em uma polêmica nesta quarta-feira (8), após ser revelado que, em 2018, o parlamentar teria utilizado de um cheque sem fundo no valor de mais de R$ 218 mil para tentar evitar o leilão de um imóvel em seu nome.
O apartamento em questão, possui quase 300 m² de área privativa, e é localizado no bairro de Lagoa Nova, onde morava a ex-esposa de Maia. O imóvel seria leiloado para pagar uma dívida trabalhista de quatro ex-funcionários da Empresa Estação JJ & A Ltda, que tem sede em Caicó, no Seridó potiguar.
Esse processo trabalhista tramitava desde 2014 na Vara do Trabalho do município serioense, sob a responsabilidade da juíza Rachel Villar. João Maia teria efetuado o pagamento no dia 19 daquele mês, mas a juíza constatou ausência dos recursos em conta, considerando “comportamento repudiável” não apenas pela fraude, mas também porque a atitude obstruiu o “regular exercício das atividades jurisdicionais”.
Maia, na ocasião, foi intimado a efetuar o pagamento em 24 horas e multa de 20% sobre o valor do imóvel, avaliado em mais de R$ 1 milhão, em caso de atraso.
O Advogado de João Maia pediu desculpas e negou que o pagamento fraudulento tenha sido uma tentativa de manobra para atrasar a execução do leilão. Segundo justificou, operações bancárias foram frustradas naquele dia.
“A manifestação presente não pode ser mais sincera. Envergonhado, ao signatário só resta pedir desculpas ao judiciário pelo transtorno que não foi de sua vontade, muito menos da vontade do cliente, que apenas não conseguiu viabilizar os recursos a tempo de honrar, na data aprazada, a obrigação assumida”, escreve em petição.
No dia 25 de setembro, foram pagos R$ 150 mil e em 27, mais 68 mil. O acordo gerou o arquivamento do processo.
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