Jogador marroquino que decidiu nos pênaltis nasceu na Espanha e se sentiu esnobado pelo Real Madrid
Com direito a uma cavadinha na última cobrança, coube a Achraf Hakimi colocar Marrocos pela primeira vez nas quartas de final de uma Copa do Mundo. E a classificação parece até história de cinema: o lateral-direito do PSG nasceu na Espanha e mandou o time do país-natal de volta para casa.
Um dos principais nomes da seleção que surprendeu o mundo nas oitavas do Mundial do Catar, o lateral tem uma história de vida que interliga os dois países.
Filho de imigrantes marroquinos, Hakimi nasceu na zona industrial de Madri, a capital espanhola. O atleta chegou a ser procurado pela federação espanhola, mas optou por jogar pela seleção de seu país de ascendência. O jogador classificou como a escolha "certa a ser feita".
"Eu simplesmente senti que seria melhor jogar por Marrocos. Eu conversei com meu agente e com a minha família sobre isso. Eu tenho orgulho de ser marroquino", disse o jogador.
Hakimi é o mais velho de três irmãos, seus pais foram tentar uma vida melhor para a família antes mesmo dos filhos nascerem. Ao longo de sua infância, o lateral do PSG via diariamente seus pais trabalhando em empregos informais, sua mãe limpava casas e seu pai era vendedor ambulante.
O jogador chegou a dar entrevistas para a mídia espanhola em que falava que sentia que não era levado a sério no time principal do Real Madrid, justamente por ter vindo do time B. Hakimi foi emprestado para o Borussia Dortmund e vendido para a Inter de Milão pelo time espanhol.
"O Real Madrid não me deu a mesma chance que outros clubes deram. E eu estou feliz com isso, porque eu acho que esses clubes não tomaram a decisão errada", afirmou o jogador ao jornal Marca da Espanha.
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