Jurado de morte por facção criminosa esquarteja amigo

03 de Outubro 2023 - 19h53

Matheus havia conhecido a vítima há uma semana. Os dois se encontraram na praia e Bruno se sensibilizou com a história do rapaz. A vítima ofereceu emprego, alojamento, comida e até uma bicicleta para que o criminoso pudesse se locomover pela cidade.

O Cidade Alerta, programa da rede Record, acompanha o caso de Matheus Cerqueira, 26 anos, que se diz jurado de morte pelo PCC e foi preso por assassinar, esquartejar e atear fogo no corpo de Bruno, homem que o acolheu assim que chegou em Mongaguá, no litoral paulista. 

Bruno fazia serviço de pintura e chamou o Matheus para ser seu ajudante. Tudo parecia correr bem, até o dia em que saíram para se divertir em um bar e a situação se complicou.

Segundo depoimento do investigado, Bruno tentou se aproximar de uma mulher casada e ele não gostou da atitude, e chamou sua atenção. Quando voltaram para casa, Bruno puxou uma faca e partiu para cima dele durante uma discussão.

Matheus conta que conseguiu desarmar Bruno, pegou a faca e o golpeou por diversas vezes, até a morte. Logo depois, ele esquartejou o corpo da vítima, jogou um colchão por cima das partes e ateou fogo.

Vizinhos perceberam a fumaça, chamaram os bombeiros e viram o suspeito fugindo da casa às pressas. A equipe do Corpo de Bombeiros chamou a Polícia Militar ao se deparar com uma grande quantidade de sangue pelo local.

As câmeras de monitoramento de casas ao redor ajudaram a polícia a localizar o criminoso. Imagens mostram o suspeito correndo e descartando uma sacola, que segundo informações, continha, pelo menos, uma das oito facas usadas por ele no esquartejamento. O acusado foi capturado e antes mesmo de chegar na delegacia, confessou o crime aos policiais. Ele não tinha passagens pela polícia.

Segundo o depoimento, o investigado contou que mora em São Bernardo do Campo (SP) e conheceu um membro do PCC conhecido como Daniel, o qual lhe ofereceu serviço e um terreno para que pudesse construir uma casa em Diadema (SP). Isso teria, de acordo com Matheus, gerado ciúmes entre os demais indivíduos da facção, que espalharam a notícia de que Matheus estaria abusando de crianças no bairro. Ele foi expulso do local por Daniel. Com medo, fugiu para não ser julgado pelo "tribunal do crime".

Matheus deve ser transferido para o presídio. O serviço funerário recolheu os restos mortais da vítima, encaminhados ao IML de Mongaguá (SP). Agora, a perícia técnica vai fazer o laudo para verificar a causa da morte da vítima e comparar traços de DNA nas facas encontradas no local, com sangue de Matheus.

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