A ministra da Saúde, Nísia Trindade, descartou a possibilidade de pandemia por Mpox, no Brasil, neste momento. A declaração foi dada em entrevista ao Live CNN, nesta quarta-feira (21).
Foto: CNN
A afirmação da ministra veio após o questionamento da analista de política da CNN, Basília Rodrigues, que perguntou a ministra se a Mpox poderia ser comparada com a Covid-19.
“Trata-se de alerta e é muito importante frisar isso, mas não de uma situação que devemos ter alarme, no sentido de uma pandemia”, ponderou a ministra.
Centro de emergência para viajantes
A ministra afirmou que o plano para implementação de um centro de emergência para viajantes está na fase de elaboração. O projeto é uma ação do próprio Ministério da Saúde em parceria com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), reforçando que cabe à agência o papel de vigilância, e que nesse momento a comunicação em portos e aeroportos tem sido focada na conscientização dos sintomas da Mpox.
Nísia pontua que as medidas de segurança não se limitam apenas aos brasileiros que chegam de países com altos índices de registros da doença.
“Não só em relação a pessoas vindas da África. Basta lembrar que já aconteceu caso na Suécia, que é de um viajante. Neste momento o alerta deve ser geral.”, reforça.
A chefe da Saúde no Brasil disse que “não está sendo recomendado neste momento” qualquer tipo de campanha que oriente brasileiros a evitarem países do centro africano. Ela reforçou o papel solidário do Brasil neste momento.
“Estamos estudando missões juntos à OMS para apoio a essas populações em situação de surtos”, informou a ministra.
Vacina nacional
Segundo a ministra Nísia Trindade, o Brasil já iniciou o desenvolvimento de uma vacina para Mpox. O projeto é uma parceria do ministério com o Instituto de Ciência e Tecnologia da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).
Entretanto, dois fatores despontam como elementos preocupantes. O primeiro é o estágio da vacina, que segundo ela está em “fase muito preliminar”, além do fato de que a vacina em processo não atende às variantes atuais por “falta de tempo de desenvolvimento” dos imunizantes.
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