Ministro Alexandre de Moraes mantém prisão preventiva de Roberto Jefferson
O ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), decidiu manter o ex-deputado federal Roberto Jefferson preso de forma preventiva. A defesa do político entrou com um pedido de habeas corpus na Corte para que a detenção dele fosse revertida por medidas cautelares alternativas, mas o magistrado foi contra, argumentando que a prisão de Jefferson é necessária e imprescindível à garantia da ordem pública e à instrução criminal.
Jefferson foi preso em agosto deste ano por ordem de Moraes devido a uma série de ataques e ofensas nas redes sociais ao STF e aos ministros do Supremo. Segundo a investigação da Polícia Federal que motivou a prisão do político, ele seria o chefe de uma organização criminosa, de forte atuação digital e com núcleos de produção, publicação, financiamento e político com a finalidade de atentar contra a democracia e os poederes Legislativo e Judiciário.
Desde então, a defesa do ex-deputado tenta reverter a prisão. Moraes, contudo, alerta que Jefferson segue incitando o ódio contra o STF mesmo preso e que, portanto, não deve ser autorizado a deixar a prisão. Segundo ele, o político "ignora completamente os termos e a natureza de sua prisão, de modo que a sua substituição por medidas cautelares é medida completamente incabível neste momento processual".
"O custodiado utiliza-se de sua assessoria pessoal e de interpostas pessoas para divulgar as mais variadas ofensas ao Supremo Tribunal Federal, com notório propósito de atingir a honorabilidade dos integrantes da Corte e ameaçar a sua segurança, bem como se manifestar, indevidamente, em relação a outras autoridades e instituições do Estado Democrático de Direito", destacou o ministro.
"O quadro fático que tornou necessário o cerceamento da liberdade do requerente permanece inalterado, de modo que incabível, neste momento processual, a substituição da prisão preventiva por medidas cautelares alternativas", acrescentou Moraes.
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