O mistério, ao que parece, foi realmente esclarecido: o laudo conclusivo sobre a morte de uma ema da Granja do Torto aponta que o animal morreu com “obesidade extrema”. O documento, obtido pela CNN Brasil, aponta que o animal foi alimentado com comida inadequada, proveniente da cozinha do palácio do governo.
A informação é da CNN Brasil. “O resultado da necrópsia do animal indicou alta deposição de gordura pelo corpo do animal. O diagnóstico foi de obesidade extrema. O laudo aponta que esse excesso de depósito de gorduras pode comprometer a capacidade respiratória e sobrecarregar o sistema circulatório, levando ao óbito o animal”, ressaltou.
A polêmica começou no início do Governo Lula, quando alguns deputados apontaram o "sumiço" de animais da Granja do Torto e cobraram apuração sobre esse caso - veja o vídeo ao final do post.
A perícia foi feita pelo Laboratório de Patologia Veterinária da Universidade de Brasília. Segundo a Presidência da República, só neste ano, morreram três emas que fazem parte da fauna dos palácios do governo federal. Segundo a Casa Civil, dois animais estavam na Granja do Torto e um deles no Palácio da Alvorada.
“Desse modo, os achados de necrópsia são compatíveis com a alimentação desbalanceada que era fornecida ao animal, em que a ração era adicionada de milho e comida proveniente do refeitório”, explicou. “Ao adicionar milho e comida do refeitório, que continha excesso de arroz, a dieta fica desbalanceada”, acrescentou.
Hoje, a Granja da Torto conta com dezessete e o Palácio da Alvorada tem trinta e oito emas. O laudo conclusivo recomenda ainda que a dieta dos animais deve ser readequada para “garantir melhor saúde e bem-estar”.
As emas estão nas residenciais oficiais desde o início da década de 1960. Elas atuam no controle de animais peçonhentos, como cobras e escorpiões e já causaram problemas com os inquilinos do Palácio da Alvorada. O ex-presidente Jair Bolsonaro, por exemplo, chegou a ser bicado por um dos animais, que foi apelidado de “Bicão”.
Na ditadura militar, a primeira-dama Lucy Geisel, mulher do general Ernesto Geisel, pediu para retirar as emas porque elas perturbavam os dálmatas da família.
No último caso, no entanto, menos de um mês após a saída das aves, uma cobra-coral apareceu na área externa da residência oficial, o que obrigou o retorno dos animais.
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