Motivo da prisão de ex-líder do MST, José Rainha, surpreende: "Extorsão"

05 de Março 2023 - 10h56

José Rainha, líder da Frente Nacional de Luta (FNL) e ex-líder do Movimento de Trabalhadores Sem-Terra (MST), foi preso pela Polícia Civil de São Paulo, nesse sábado (4), e o motivo deixou boa parte do País, inclusive setores importantes do governo federal, surpresos. Ele foi preso por suspeita de extorsão a proprietários rurais na região do Pontal do Paranapanema (SP).

Na ação, os investigadores apreenderam armas. A suspeita é de que os armamentos tenham sido usados em conflitos agrários e invasões. Segundo o portal Metrópoles, a FNL confirmou a prisão de Rainha e de Luciano de Lima, outra liderança do movimento. A Frente defendeu, no entanto, que a ação da polícia tem “cunho político”.

A polícia informou que os principais alvos de mandados judiciais exigiam vantagens financeiras de fazendeiros e nega que a operação esteja relacionada com as recentes invasões de terras. De acordo com as investigações, os suspeitos teriam feito pelo menos seis vítimas.

“As prisões preventivas têm como objetivo a interrupção do ciclo delitivo e promoção de prevenção geral e paz no campo. É importante ressaltar que em nada se confundem com os atos decorrentes do Carnaval de 2023, quando um grupo invadiu nove propriedades rurais, mas sim visa a apuração do ciclo de violência decorrentes de extorsões e dos disparos de arma de fogo, incluindo fuzil, o que colocou em risco indeterminado de pessoas”, detalhou a PCSP, por meio de nota.

Na visão da FNL, a ação, porém, está relacionda com as ocupações do Carnaval Vermelho, “sendo um ato de retaliação aos lutadores do povo sem terra”. “A FNL ganhou força nos últimos anos ao realizar jornadas de luta no carnaval. O objetivo do Carnaval Vermelho é trazer para a discussão à contradição de sermos um dos países que mais produz alimentos no mundo, porém temos mais de 125 milhões de brasileiros com alguma insegurança alimentar, sendo 58% dos brasileiros e brasileiras, e o mais grave, são mais de 33 milhões com insegurança alimentar severa”, diz o texto.

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