Museu da Rampa: Investigação sobre assinatura falsa anunciada há cinco meses, ainda nem começou

08 de Novembro 2022 - 07h57

Quando os ouvintes da 96 FM se depararam com a manchete da edição impressa da Tribuna do Norte desta terça-feira (8), tomaram um susto: a Polícia Civil prometeu investigar, mas até o momento, não começou a apuração da assinatura de uma servidora, que teria sido falsificada durante o processo da contratação para o Museu da Rampa, pelo Governo do RN. A surpresa se deu pelo fato do assunto já ter sido noticiado há cinco meses nos canais da 96 e nos blogs do BG, de Gustavo Negreiros e de Dinarte Assunção. 

Na época, é bem verdade, o assunto era público. O pedido de investigação da assinatura foi feito na recomendação expedida pelo promotor de Justiça Afonso de Ligório, quando ele solicitou que o Governo do RN suspendesse o contrato firmado com a Casa da Ribeira para a gestão do Museu da Rampa. Dentre a série de suspeitas de irregularidades citadas pelo promotor no processo, estava, justamente, a falsificação da assinatura. 

  • "...Dentre elas, 'a eventual falsificação do memorando que inaugura o processo de contratação – a ser investigada em sede de inquérito policial - e define a CASA DA RIBEIRA como entidade dotada de notoriedade para o objeto da contratação, com aposição de assinatura digital da Coordenadora de Articulação e Ordenamento da Secretaria de Turismo, servidora que alega que não praticou o ato, não conhece a CASA DA RIBEIRA, desconhece a sua notoriedade para o que se propunha, e não tem conhecimento sequer deste processo de contratação específico'" - apontou o Portal 96 em notícia publicada no dia 8 de junho de 2022. 

Mais tarde, naquele mesmo dia, o Blog do BG detalhou o assunto, com a seguinte informação: "O Ministério Público descobriu que houve falsificação da assinatura da servidora da Secretaria Estadual de Turismo Carmem Vera no memorando que pede a contratação de empresa. O memorando abriu o processo de contratação e nele é solicitada a contratação de empresa para elaborar o Plano Museológico e Expográfico do Complexo Cultural Rampa. Convocada a depor pelo MP, a servidora Carmem, que ocupava o cargo de coordenadora de Articulação e Ordenamento da Setur, disse, textualmente, que não tomou conhecimento do assunto, não redigiu o memorando e não assinou o documento."

No Jornal das 6 especial daquela semana, Dinarte Assunção também detalhou o assunto trazendo a fala da própria servidora, durante as oitivas feitas pelo MP na época da investigação. Clique aqui e veja a matéria

A Redação da 96, então, procurou a Polícia Civil ainda naquela semana, e a informação é que aguardava apenas o pedido formal formulado pelo Ministério Público do RN para abrir a investigação sobre o assunto. Exatos cinco meses depois, a informação dada pela Tribuna do Norte é exatamente a mesma. 

  • "A investigação, que ficará a cargo do Departamento de Combate à Corrupção e Lavagem de Dinheiro (Deccor), atende a um pedido do Ministério Público (MPRN). O delegado Anderson Tebaldi confirmou que aguarda o recebimento das oitivas do MP para instaurar o inquérito policial"
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