Não é filme: Psicólogo hipnotizava vítimas antes de estuprá-las em sessão de terapia

06 de Outubro 2022 - 15h54

De acordo com a Polícia Civil, as 13 vítimas que denunciaram Jorge Zacarias, de 63 anos, por estupro, disseram que o psicólogo às hipnotizavam antes delas serem abusadas sexualmente. O caso é investigado pela Delegacia da Mulher de Fátima do Sul (MS), a 239 KM de Campo Grande. A notícia é do G1. 

"Conforme os relatos das vítimas que procuraram esta delegacia de polícia afirmavam que ele se utilizava da técnica da hipnose para praticar atos libidinosos", comenta a delegada do caso, Gabriela Vanoni. O g1 procurou o Conselho Regional de Psicologia para comentar sobre o caso e sobre a técnica utilizada pelo psicólogo. Porém, até a atualização desta matéria, a entidade não se manifestou.

Novas denúncias

Ao todo, 13 mulheres procuraram a Polícia Civil para denunciar abusos sexuais cometidos pelo psicólogo Jorge Zacarias. As novas denúncias vieram após uma adolescente, de 15 anos, procurar os oficias alegando ter sido estuprada durante terapia. O suspeito está preso desde 13 de setembro.

Em pedido à Justiça, a delegada Gabriela Vanoni, que comanda o caso, solicitou a conversão da prisão de Jorge Zacarias de flagrante para preventiva. O pedido deve ser atendido até sexta-feira (7), segundo a oficial.

Nessa segunda-feira (3), Jorge Zacarias compareceu à Delegacia de Atendimento à Mulher de Fátima do Sul para ser interrogado. O psicólogo foi acompanhado do advogado. O suspeito permaneceu em silêncio em todo interrogatório.

A defesa de Jorge Zacarias confirmou a ida do cliente ao interrogatório. Em nota, o advogado que representa o psicólogo disse que "Jorge pretende comprovar a sua inocência quanto as acusações feitas em seu desfavor, porém, neste momento processual utilizou-se do seu direito de silêncio para se manifestar em audiência futura perante o Juiz de direito".

Primeira denúncia

Jorge Zacarias foi preso, em meados de setembro, suspeito de ter abusado sexualmente de uma adolescente, de 15 anos, durante uma consulta.

Segundo a delegada titular da Delegacia de Atendimento à Mulher de Fátima do Sul, Gabriela Vanoni, a vítima compareceu ao departamento de polícia, acompanhada da mãe, e relatou o abuso durante uma sessão de terapia.

Durante as investigações, a Polícia Civil descobriu que o suspeito já havia sido denunciado uma outra vez, em 2013, pelo mesmo crime.

"Ficou nítido que ele cometia esses crimes, inclusive existe indícios de que exista outras vítimas que, pela delicadeza do caso, a vítima não comparece até a delegacia para denunciar", informou a delegada.

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