Por Júnior Lins
A Marvel não sabe lidar com o luto, seja ficcional ou real. A morte de Tony Stark foi mal abordada em Homem-Aranha: Sem Volta Para Casa, tal como a morte de Chadwick Boseman, o T'Challa, em Pantera Negra 2: Wakanda Para Sempre.
O que me comprova isso é um excesso de sentimentos esquecidos repentinamente, um luto de momentos e diálogos inacabados. Esperei ansiosamente pela segunda parte da história de um dos melhores heróis, mas o resultado não foi como o esperado.
Não é que o filme seja ruim. É que acabou sendo abaixo das minhas expectativas. Sempre quis saber como a Marvel iria desdobrar a morte do Pantera Negra e acabei vendo que não era uma missão tão fácil de ser executada.
A força maior para outros personagens é o que cativa. Sem falar nas cenas feitas de forma exclusiva para os fãs. Porém, o filme da uma cara de que a produtora quis apenas se livrar da responsabilidade de fechar o ciclo dessa fase no Universo Cinematográfico da Marvel (UCM).
Pantera Negra é um dos sucessos mais aclamados, especialmente pela representatividade. Wakanda reforçou seu papel de símbolo de guerra contra o racismo. Poderia ter sido novamente atribuída essa força ao país fictício, mas a obra opta por abordar outros setores e ofusca até o surgimento da civilização que mora no fundo dos mares, regida por Namor.
A Marvel pode ter perdido até o time da coisa. Já que Avatar 2 está prestes a ser lançado e, dificilmente, Pantera Negra deve se manter no topo.
O tempo de duração do filme não é nem o principal vilão. As pontas soltas e o desgaste de crises sem resposta são o que realmente me incomodou e deixou a obra "morosa".
A ação foi economizada e tudo se prendia ao luto, mal explicado, do T'Challa. Shuri é uma boa surpresa, mas fica presa na morosidade e ofusca sua importância na fase do UCM.
Na verdade, no final de tudo, meu excesso de expectativa pode ter sido o principal vilão do filme. Infelizmente, Wakanda Forever não é a obra do ano e a Marvel fecha 2022 com saldo muito negativo, especialmente, após a DC dar um tiro tão certo em Adão Negro.
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