Participando de protesto bolsonarista, atriz da Globo diz sofrer assédio moral e nega homofobia: “Sou idiotofóbica”
Antes discreta, Cássia Kis não sai dos noticiários desde que disparou frases homofóbicas em bate-papo no podcast da jornalista Leda Nagle. De lá para cá, a artista já foi acusada por funcionários da Globo de homofobia em grupos de WhatsApp, de destratar colegas nos corredores da emissora carioca, visitou acampamentos bolsonaristas após a vitória de Lula (PT) para a presidência da República.
Também virou alvo de vizinhos, que redigiram um manifesto contra a atual postura da intérprete de Cidália, em Travessia, em relação à comunidade LGBTQIAP+.
Neste domingo (13), Cássia Kis rebateu todas essas acusações e afirma ser ela a vítima de assédio moral, mentiras e muita pressão por parte da mídia e da classe artística. “Não sou nem nunca fui homofóbica. Sou, no máximo, ‘mentirofóbica’ e ‘idiotofóbica'”, escreveu, em texto publicado pela Folha de São Paulo.
Cássia Kis começa sua defesa no espaço concedido pelo jornal dizendo perdoar a todos que, por maldade ou desconhecimento, seguem o que ela nomeia de rastilho de pólvora.
“Quem escreve estas linhas não é a Cássia protagonista de novelas da TV, mas a Cássia que assumiu o protagonismo da sua própria vida, com serenidade, após reencontrar na fé católica o barro de que é feita. Não busquei confrontos, mas também, na minha idade e com as minhas cicatrizes, não quis parecer o que não sou. Simples assim”, ressalta.
Cássia Kiz acusa classe artística de “politizar a sua fé”
A atriz continua seu manifesto público dizendo que a “perseguição” foi parar na polícia após acusação formal de homofobia.
“Dizem que, por assumir uma posição política conservadora, eu estaria envergonhando a classe artística. Se fosse apenas isso, tudo bem. Mas o zum-zum-zum chegou além, pois me atribuem intenções que não tenho, palavras que não disse e crises que não criei. A pressão sobre mim —verdadeiro assédio moral — ganhou contornos policiais, pois me chega a notícia de que estou sendo formalmente acusada de homofobia por um grupo de ativistas do Rio de Janeiro”, conta.
“Meus detratores dizem que política e religião não se misturam, porque o Estado é laico. Mas eles estão justamente politizando a minha fé, talvez imaginando que rezar o terço, ir à missa aos domingos e me confessar com um sacerdote sejam atos políticos. Estão enganados. Ocorre que a Cássia que reza é a mesma cidadã que tem o direito constitucional de manifestar suas preferências políticas. Uma só pessoa, duas coisas diferentes”, conclui. As informações são do Metrópoles.
Foto: Agnews.
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